IBGE: Sete em dez pessoas sem fundamental completo têm renda familiar de até um salário-mínimo por pessoa
Entre os brasileiros com 25 anos ou mais sem instrução ou com o fundamental incompleto, 71,6% não têm rendimento ou têm renda familiar de até um salário-mínimo por pessoa. Esses são dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa aponta para a relação entre rendimento familiar e instrução. Apenas 1,1% das pessoas nessa faixa etária que não concluíram o ensino fundamental têm renda familiar acima de cinco salários-mínimos por pessoa. Já entre os que têm nível superior, três em cada dez têm rendimento domiciliar superior a cinco salários-mínimos por pessoa.
Dos que completaram ao menos a graduação de nível superior, 10,7% tinham renda familiar de até um salário-mínimo por pessoa; 16,2% participavam de casas com renda entre dois e três salários mínimos por pessoa; e 20,5% tinham renda domiciliar entre três e cinco salários-mínimos por pessoa.
Crianças e jovens
Quando olhadas as crianças entre 6 e 14 anos em lares com renda familiar menor ou igual a 1/4 de salário-mínimo por pessoa, 5,2% não frequentavam a escola em 2010. O índice baixa para 1,6% quando são olhadas as crianças em domicílios com renda domiciliar superior a três salários-mínimos por pessoa.
Já no grupo etário de 15 a 17 anos, 21,1% dos que estão no grupo de renda familiar de até 1/4 salário-mínimo por pessoa não estavam frequentando a escola. Entre os que estão em lares com rendimento superior a três salários-mínimos por pessoa, apenas 6,4% estavam fora da escola.
Ensino superior
Os brasileiros que frequentavam o nível superior -- graduação, especialização, mestrado e doutorado -- estão concentrados nas classes com maiores rendimentos do domiciliares por pessoas. 27% dos estudantes de ensino superior são de famílias com rendimento familiar superior a três salários-mínimos por pessoa.
Entre os alunos de mestrado, 36,7% estão em lares com rendimento familiar superior a cinco salários-mínimos por pessoa. O índice chega a 47,1% no caso de estudantes de doutorado.
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