Após 22 dias, professores da rede municipal de SP encerram greve
Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram, em assembleia em frente à prefeitura nesta sexta-feira (24), encerrar a greve. A paralisação foi iniciada em 3 de maio e afetou, ao menos, 28% das escolas municipais da capital.
Os docentes terão de repor as aulas nos dias parados ou terão desconto na folha de pagamento. Desde o início da greve, foram perdidos 16 dias letivos.
A principal reivindicação da categoria era uma reposição salarial de 17%, referente a perdas da inflação desde 2011, além do acordo feito com a gestão Gilberto Kassab. A Secretaria Municipal da Educação garantiu apenas a continuidade no acordo: um aumento de 10,19% em maio deste ano e outro de 13,43% previsto para o mesmo período de 2014.
Negociações
Apesar de não ter conseguido o reajuste desejado, o presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), Cláudio Fonseca, considera que houve ganhos.
"Quanto a revisão geral anual dos vencimentos dos servidores públicos, o governo confirmou que os profissionais de educação não serão submetidos a índices de reajuste de 0,01% nas suas datas-bases. Nós partiremos de um patamar de 3,7%. E se houver perda salarial durante a gestão, ela será recomposta na forma de reorganização dos quadros profissionais e das tabelas de vencimentos", afirmou.
Fonseca destacou também a criação de 1.200 cargos para a educação infantil, que devem ser aprovados pela Câmara.
"Se comparar o que nós tínhamos no início da greve e o que chegamos ao final, é óbvio que o movimento conseguiu avançar nas propostas que foram apresentadas. Concluímos com um pacto firmado entre prefeitura e educadores de reposição dos dias da greve. Para isso vai haver o pagamento, não vai haver desconto, e os educadores em suas unidades vão debater e aprovar o calendário de reposição. Nós entendemos que isso é um direito da população", disse.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, está sendo negociado ainda um conjunto de dez propostas e programas de governo que incluem, entre outras coisas, a ampliação e melhoria do Programa de Educação Inclusiva na rede municipal, aumento do número de professores e servidores nas escolas e criação de um sistema de segurança escolar com a participação dos educadores.
Discussão
Na semana passada, a prefeitura de São Paulo veiculou na televisão e nos rádios uma propaganda sobre o reajuste concedido aos professores da rede municipal.
Os professores consideraram a publicidade uma forma do governo tentar colocar a população contra o movimento e chamaram a propaganda de "enganosa".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.