SP: Prédio do Paula Souza foi reintegrado pela PM; alunos foram arrastados
Um grupo de estudantes foi arrastado para fora da sede do Centro Paula Souza na manhã desta sexta (6) por policiais militares.
A PM cumpria reintegração de posse do prédio que estava ocupado por secundaristas desde o dia 28.
Eles reivindicam alimentação nas escolas técnicas do Estado (etecs) e pedem punição aos envolvidos na chamada "Máfia da Merenda".
Os policiais chegaram ao local por volta das 5h da manhã, isolaram os arredores e avisaram os estudantes que cumpririam a reintegração.
Incomodados com os gritos de guerra dos estudantes, a vizinhança do prédio começou a reclamar de seus apartamentos.
Por volta das 6h50, os policiais entraram no saguão do prédio e, mais uma vez, pediram a saída dos estudantes.
Sentados no chão em roda, os estudantes gritavam "não tem arrego". Os policiais, então, começaram a arrastar os alunos para fora do prédio.
A reintegração foi cumprida sem confronto. Há registro de um fotógrafo ferido, segundo ele
A Tropa de Choque ainda está fora do prédio, isolando a sede da autarquia estadual. E uma equipe faz vistoria do imóvel.
Os estudantes seguem em ato de protesto pelo Centro de São Paulo. Eles chegaram a fechar a avenida Tiradentes e se aglomeraram na frente da Fatec, onde foram impedidos de entrar pela PM.
Polêmica no uso de armas
Ontem (5), o governo Geraldo Alckmin (PSDB) reverteu uma decisão da Justiça que proibia o uso de qualquer tipo de armamento e exigia a presença e o comando do secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, na reintegração.
Além da sede, outras 11 escolas técnicas estão ocupadas, segundo os estudantes.
Outro grupo se instalou no plenário principal da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) no final do dia 3 de maio. A Justiça mandou os estudantes saírem até as 16h40 desta sexta sob pena de multa diária de R$ 30 mil por dia por estudante, além de ter autorizado a retirada deles pela PM.
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