"Bolsonaro não entende a juventude", diz professora aposentada de 85 anos
A professora aposentada Ana Dulce Maraschin, 85, não hesitou em participar do ato contra os bloqueiros de verbas na educação que ocorrem hoje em São Paulo e em outras cidades do país. Com uma placa de cartolina onde se lê "não às armas e ao preconceito e sim à arte, educação e cultura", a professora chamou a atenção em meio aos manifestantes mais jovens.
"Eles (Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub) pensam que os professores conseguem manipular os jovens a fazer qualquer coisa. Eles não entendem a juventude, muito menos essa juventude de hoje, que é ativa e engajada", disse.
Pouco antes dos atos dessa quinta, Bolsonaro e o ministro acusaram os professores de "coagirem os alunos aos atos". O presidente chamou os professores de "inescrupulosos" e os alunos, de "inocentes", ao tentar se retratar dos comentários feitos no dia 15, quando se referiu aos estudantes como "idiotas úteis".
"São os estudantes que vão nos salvar. Quando achávamos que o país era nosso, veio este governo e está entregando tudo", disse Ana Dulce.
A professora, que disse ter participado também do ato do dia 15, afirmou ao UOL que pretendia seguir a passeata de hoje até o final, ou ao menos, "até onde der".
Nas duas maiores capitais do país, São Paulo e Rio, manifestantes se reúnem nas áreas centrais e se preparam para iniciar caminhadas nesta noite.
Esta é a segunda vez no mês que estudantes protestam contra os cortes anunciados pelo governo. Encabeçadas pela UNE (União Nacional dos Estudantes), as manifestações incluem centrais sindicais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). A primeira foi em 15 de maio, quando os 26 estados e o Distrito Federal tiveram atos em favor da educação.
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