Diretora de escola onde PMs agrediram alunos pede afastamento do cargo
Resumo da notícia
- Funcionária ocupava o cargo na condição de diretora designada
- Com o pedido, deve voltar a ocupar cargo de professora em outra unidade
A diretora de uma escola estadual de São Paulo onde dois jovens foram agredidos por policiais militares na noite de ontem pediu afastamento do cargo na manhã de hoje.
A mulher ocupava o cargo na condição de diretora designada —quando profissionais da rede estadual, como professores, são chamados a ocupar o cargo de direção sem ter realizado um concurso específico para isso.
Com o pedido de afastamento, ela voltará a ocupar o cargo de professora que tinha antes em outra unidade de ensino da rede estadual.
A confusão teve início dentro da Escola Estadual Emygdio de Barros, no Rio Pequeno, zona oeste da capital, após a PM ter sido acionada pela diretora para retirar um jovem de 18 anos da unidade de ensino.
Segundo a escola, ele não estaria matriculado e se recusava a sair da unidade de ensino. O jovem, por outro lado, sustentava que estava regularmente matriculado.
Nos vídeos, é possível ver um dos rapazes sendo dominado por um policial com uma gravata. Outro aluno é agredido com socos enquanto outro policial, por trás, dá uma rasteira nele, que cai no chão. Ainda caído, ele é chutado.
As imagens mostram também que um dos PMs chegou a apontar uma arma em direção a estudantes que observavam e gravavam a cena.
Ao UOL, a Secretaria estadual de Educação confirmou que o jovem estava, de fato, matriculado na escola, mas que a direção informou que ele não comparecia às aulas. Segundo o órgão, um processo administrativo foi aberto para apurar as responsabilidades pelo ocorrido.
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