Ex-ministro da Educação, Mendonça Filho defende adiamento do Enem
O deputado federal e ex-ministro da Educação, José Mendonça Filho (DEM-PE), defendeu, na noite de hoje, que o Enem seja adiado em função da pandemia de coronavírus. Por meio de seu perfil oficial no Twitter, ele afirmou que o isolamento alterou a rotina de diversos estudantes que não contam com estrutura para manter os estudos por meio do ensino à distância.
"O isolamento mexeu na rotina de quem fará o Enem 2020 Nem todos alunos têm estrutura para estudar em casa com atividades online. A sociedade está mobilizada pelo adiamento do Enem. É importante diálogo com o MEC para encontrar a solução melhor para os jovens", escreveu ele.
Mais cedo, o ex-ministro já havia pedido, na mesma rede social, que o exame fosse adiado em um mês: "Acho prudente mudar para dezembro a aplicação das provas."
Mendonça Filho foi titular da pasta entre maio de 2016 e abril de 2018.
Entidades pedem adiamento do Enem
Principais entidades estudantis do país, UNE (União Nacional dos Estudantes) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) também pediram hoje que o cronograma das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), uma das principais portas de entrada ao ensino superior no país, seja adiado devido à pandemia do novo coronavírus.
O edital do exame foi divulgado ontem pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que decidiu manter a realização das provas presenciais para os dias 1º e 8 de novembro deste ano.
Em nota divulgada hoje, UNE e Ubes dizem que, ao manter o cronograma previsto inicialmente, MEC (Ministério da Educação) e Inep não demonstram "sensibilidade para o momento em que vivemos". As entidades afirmam, ainda, que muitos estudantes brasileiros não têm acesso a aulas a distância para se prepararem para o exame.
*Com reportagem de Ana Clara Bermúdez
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