Topo

Esse conteúdo é antigo

Ex-ministro da Educação, Mendonça Filho defende adiamento do Enem

José Mendonça Bezerra Filho, deputado federal pelo DEM de Pernambuco - Mateus Bonomi/Folhapress
José Mendonça Bezerra Filho, deputado federal pelo DEM de Pernambuco Imagem: Mateus Bonomi/Folhapress

Do UOL, em São Paulo*

01/04/2020 22h20

O deputado federal e ex-ministro da Educação, José Mendonça Filho (DEM-PE), defendeu, na noite de hoje, que o Enem seja adiado em função da pandemia de coronavírus. Por meio de seu perfil oficial no Twitter, ele afirmou que o isolamento alterou a rotina de diversos estudantes que não contam com estrutura para manter os estudos por meio do ensino à distância.

"O isolamento mexeu na rotina de quem fará o Enem 2020 Nem todos alunos têm estrutura para estudar em casa com atividades online. A sociedade está mobilizada pelo adiamento do Enem. É importante diálogo com o MEC para encontrar a solução melhor para os jovens", escreveu ele.

Mais cedo, o ex-ministro já havia pedido, na mesma rede social, que o exame fosse adiado em um mês: "Acho prudente mudar para dezembro a aplicação das provas."

Mendonça Filho foi titular da pasta entre maio de 2016 e abril de 2018.

Entidades pedem adiamento do Enem

Principais entidades estudantis do país, UNE (União Nacional dos Estudantes) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) também pediram hoje que o cronograma das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), uma das principais portas de entrada ao ensino superior no país, seja adiado devido à pandemia do novo coronavírus.

O edital do exame foi divulgado ontem pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que decidiu manter a realização das provas presenciais para os dias 1º e 8 de novembro deste ano.

Em nota divulgada hoje, UNE e Ubes dizem que, ao manter o cronograma previsto inicialmente, MEC (Ministério da Educação) e Inep não demonstram "sensibilidade para o momento em que vivemos". As entidades afirmam, ainda, que muitos estudantes brasileiros não têm acesso a aulas a distância para se prepararem para o exame.

*Com reportagem de Ana Clara Bermúdez