Cotado ao MEC, secretário do PR está entre maiores doadores a Doria em 2016
Ana Carla Bermúdez
Do UOL, em São Paulo
22/06/2020 20h34Atualizada em 22/06/2020 21h59
Cotado para assumir o comando do MEC (Ministério da Educação) no lugar de Abraham Weintraub, o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, foi um dos maiores doadores para a campanha eleitoral de João Doria (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016.
O empresário, que na época era CEO da empresa de tecnologia Multilaser, doou a quantia de R$ 120 mil para a campanha do tucano. Segundo informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Feder contribuiu com a quinta maior doação feita por pessoas físicas para a campanha de Doria à prefeitura, dividindo a colocação com outro cidadão que doou a mesma quantia. Doria foi eleito em primeiro turno, derrotando o candidato petista Fernando Haddad.
Em 2018, o tucano se lançou candidato ao governo do estado de São Paulo, enquanto Jair Bolsonaro disputou a Presidência. Feder, por sua vez, não contribuiu com doações para nenhuma das duas campanhas, segundo as informações do TSE.
Durante a disputa eleitoral de 2018, Doria chegou a usar o termo "BolsoDoria" para fazer alusão a uma união entre ele e o então candidato ao Planalto. Os dois acabaram eleitos.
De lá para cá, com a projeção do governador tucano como um possível candidato ao Planalto em 2022, a relação entre eles ruiu e os dois vêm trocando farpas publicamente.
Feder se encontrará com o presidente Jair Bolsonaro amanhã em Brasília. A indicação do atual secretário para o MEC teria chegado a Bolsonaro por meio do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), e conta com o apoio do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).