Cotado ao MEC, secretário de Ratinho Jr. se reúne com Bolsonaro nesta terça
Cotado para comandar o MEC (Ministério da Educação) no lugar de Abraham Weintraub, o secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, se reunirá com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta terça-feira.
Ex-CEO da empresa de tecnologia Multilaser e um dos fundadores do Ranking dos Políticos, Feder assumiu a Secretaria da Educação e Esporte do Paraná em 2019 a convite do governador Ratinho Júnior (PSD). Segundo integrantes do governo, a indicação de Feder para o MEC teria chegado a Bolsonaro por meio de Ratinho Júnior (PSD) e tem o aval do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD).
Segundo apurou a reportagem, Feder e Bolsonaro conversaram por telefone neste fim de semana, após Ratinho ter sinalizado ao presidente o seu apoio sobre a indicação do atual secretário para o MEC.
O UOL também apurou que Bolsonaro pediu a opinião de Antônio Paulo Vogel, secretário-executivo do MEC, sobre a indicação e o nome de Feder. Vogel comanda a pasta interinamente após a saída de Weintraub.
A intenção do presidente seria evitar repetir uma nomeação como a de Nelson Teich, que foi ministro da Saúde entre 17 de abril e 15 de maio. Indicado pela AMB (Associação Médica Brasileira), o ex-ministro teria sido nomeado logo após sua recomendação, sem maiores pesquisas sobre o seu nome.
A curta passagem de Teich pelo ministério acabou sendo marcada por desentendimentos com o presidente. O principal deles teve relação com o uso da cloroquina para o tratamento de casos de coronavírus, repetindo o que já havia acontecido entre Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta
Quem é Renato Feder
Além da experiência na iniciativa privada, o atual secretário de Educação do Paraná foi professor de EJA (Educação de Jovens e Adultos), professor de matemática e diretor. Em 2018, foi assessor da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Em entrevista à rede de televisão paranaense RIC, em janeiro deste ano, Feder defendeu a ampliação do número de escolas cívico-militares, pauta cara ao presidente Bolsonaro, no Paraná.
Natural da capital paulista, ele tem graduação em Administração pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e é mestre em Economia pela USP (Universidade de São Paulo).
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