Prefeitura de SP promete suporte aos alunos que optarem por ficar em casa
O secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, disse hoje que a capital vai continuar dando suporte aos alunos que optarem por não voltar às aulas presenciais. Em entrevista à CNN, ele disse que a medida será regulamentada para garantir que as aulas online e a merenda sejam dadas a quem for ficar em casa.
"É com essa regulamentação que está sendo proposta pelo poder público municipal de educação que a Secretaria Municipal de Educação vai poder continuar dando assistência às crianças cujas famílias decidirem pelo não retorno. Do contrário, se não houver regulamentação e essas famílias decidirem utilizar o bolsão de faltas, a secretaria fica impedida de dar suporte, por exemplo, com a merenda, com ensino à distância", explicou o secretário.
A Conselho Municipal da Educação emitiu uma resolução indicando que a decisão pelo retorno às aulas presenciais cabe aos pais dos alunos — posição que já é defendida pela bancada apoiadora de Covas na Câmara Municipal. Bruno Caetano, por sua vez, afirmou que, mesmo que não houvesse regulamentação em tramitação, os pais poderiam usar o banco de faltas para manter os filhos em casa.
"A legislação já permite que estudantes faltem um certo percentual de dias no ano. No ensino infantil, esse número chega até a 40% do ano letivo. Na prática, como a gente não teve aula presencial esse ano, tivemos muito poucas aulas presenciais esse ano, esse bolsão de faltas está intacto", declarou.
O secretário defendeu que nenhuma família seja penalizada por manter os filhos em casa. "Essa decisão é sempre família, mas o que a gente está tentando fazer é que a Secretaria da Educação continue tendo responsabilidade, continue ofertando os serviços de educação e todo o suporte para essas famílias", disse.
Na entrevista, Bruno Caetano afirmou que cabe ao Comitê de Contingência e ao Plano São Paulo as decisões sobre o retorno às aulas e adiantou que a tendência é que não haja distinção entre escolas públicas e particulares na retomada. "O governador João Doria (PSDB-SP) e também o secretário [estadual da Educação] Rossieli [Soares] têm dito que não é uma questão de escola pública ou particular, é uma questão de saúde pública", lembrou.
"A tendência é que as escolas voltem juntas quando a Saúde entender ser seguro todo mundo voltar", afirmou. "O vírus não escolhe criança, não escolhe familiar, não escolhe professor. É assim na escola pública, é assim na escola privada".
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