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SP: Capital aguarda Saúde, mas espera aulas presenciais em 4 de fevereiro

Bruno Caetano, secretário municipal de Educação de São Paulo - Divulgação
Bruno Caetano, secretário municipal de Educação de São Paulo Imagem: Divulgação

Ana Carla Bermúdez, Felipe Oliveira e Rafael Bragança

Do UOL, em São Paulo, e Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/12/2020 15h21Atualizada em 16/12/2020 16h22

A Prefeitura de São Paulo anunciou hoje que prevê a retomada das aulas na rede municipal em 4 de fevereiro de 2021. Ao UOL, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, disse que a gestão Bruno Covas (PSDB) aguarda o aval da área da Saúde, mas que a expectativa é de que as aulas sejam retomadas de forma presencial para todas as etapas de ensino, incluindo os ensinos infantil e fundamental.

A expectativa da Educação é de que essa autorização aconteça já para o dia 4 de fevereiro, inclusive com atividades presenciais para o ensino infantil e fundamental, e não só extracurriculares, mas regulares."
Bruno Caetano

Na capital paulista, as aulas regulares para o ensino médio foram autorizadas a acontecer de forma presencial no dia 3 de novembro e, desde então, não houve mais flexibilização. Para os ensinos infantil e fundamental, foram autorizadas apenas atividades extracurriculares (como aulas de música, dança ou línguas) e de acolhimento de forma presencial. Escolas públicas e particulares localizadas na capital tiveram de acatar as regras.

Caetano afirmou ainda que, caso a expectativa se concretize e as aulas regulares sejam retomadas presencialmente em 4 de fevereiro, haverá a necessidade de se manter o distanciamento nas escolas e será feito um rodízio dos alunos.

Ninguém acha que vamos chegar em 4 de fevereiro com aula regular com 100% dos alunos e sem distanciamento. Pelo contrário, [vamos chegar] com muitas restrições."
Bruno Caetano

Segundo ele, a secretaria municipal de Saúde continua fazendo um censo sorológico com alunos e professores da rede municipal de ensino para orientar a Prefeitura sobre o retorno das atividades.

Os resultados da primeira fase do censo, divulgados no fim de outubro, foram utilizados pela Prefeitura para a decisão de liberar a retomada das aulas presenciais regulares apenas para o ensino médio.

Segundo o levantamento, 13,2% dos estudantes, docentes e profissionais ligados à educação já foram contaminados pelo coronavírus. O censo apontou uma alta taxa de assintomáticos entre os alunos (70%), baixa taxa de contaminação entre os professores (7%) e um "expressivo" número de estudantes que moram com idosos (25%), segundo a Prefeitura.

"A faixa etária acima de 14 anos a 19 anos já é população que está circulando na cidade, sobretudo porque parte dela trabalha", disse à época o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido. Na avaliação dele, a volta dos alunos do ensino médio para as salas de aula "não teria impacto na transmissibilidade [do coronavírus] no município".