SP inicia programa com psicólogos na educação para 'melhorar clima escolar'
O Governo de São Paulo afirmou hoje que teve início um programa de auxílio psicológico nas escolas da rede estadual de ensino. A iniciativa foi anunciada ainda no início de setembro do ano passado, e se torna realidade agora, pouco mais de uma semana após a autorização para o retorno das aulas presenciais na rede pública do estado.
O secretário de Educação paulista, Rossieli Soares, explicou que o programa contará com mil psicólogos à disposição da rede estadual, mas não terá atendimentos feitos diretamente aos alunos. A ajuda terá que ser solicitada pelas unidades de ensino, que serão orientadas pelos profissionais.
"O objetivo dos psicólogos não é clinicar. Eles vão estar preparando profissionais da educação para melhorar o clima escolar. Mas não é clínica. É para fazer o encaminhamento ao sistema de saúde se estiver precisando", disse Soares durante entrevista coletiva do Governo de São Paulo sobre a pandemia de covid-19.
O governo paulista disse que a maioria dos atendimentos aos profissionais da educação será online, mas também há a possibilidade de consultas presenciais nas unidades de ensino. O investimento anunciado é de R$ 60 milhões, feito por meio de licitação.
A empresa Psicologia Viva foi a vencedora, firmando um contrato com o governo estadual por 12 meses. Em suas redes sociais e em seu site, a empresa se define como "a maior plataforma de atendimento psicológico online da América Latina".
"A ideia é que psicólogos estejam fazendo suporte emocional ao conjunto da escola, com celeridade no tratamento mais urgencial. Mas é um programa ligado ao programa de convivência", afirmou o secretário. "Muitas vezes a aprendizagem não avança, especialmente necessitando ter aqui o olhar de outros profissionais para que a aprendizagem possa avançar. Estar emocionalmente bem faz diferença para a aprendizagem", completou Rossieli.
A Seduc (Secretaria de Educação de São Paulo) afirma que as 5.100 escolas da rede estadual poderão solicitar de duas a 20 horas de atendimento por semana. A ideia é dar suporte a profissionais de educação e servidores da pasta no retorno das aulas presenciais, que foram suspensas ainda no início da pandemia, em março do ano passado.
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