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SP vai exigir comprovação de 2 meses de trabalho em vacinação na educação

Do UOL, em São Paulo

25/03/2021 09h14Atualizada em 01/04/2021 13h46

O secretário estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse hoje que os profissionais de educação terão que comprovar dois meses de trabalho para serem vacinados contra a covid-19. Em entrevista à TV Globo, Rossieli ainda afirmou que o limite mínimo de 47 anos precisou ser imposto diante da disponibilidade de doses para a 1ª fase de imunização deste grupo, que terá início no dia 12 de abril.

De acordo com Rossieli, o rito de pré-cadastro dos profissionais de educação é semelhante ao atual, mas com a exigência da comprovação de serviços prestados para escolas privadas em fevereiro e março deste ano. A lista de trabalhadores de escolas públicas será formulada pelo governo estadual e municípios.

"No caso da educação haverá um pré-cadastro específico com regras para evitar que alguém burle. Nas privadas, vamos exigir que sejam comprovados 2 meses de contracheque (holerite) para que aqueles que queiram eventualmente contratar pessoas de última hora somente para receber vacinas não possam fazer isso. Vai ter que comprovar que trabalharam em fevereiro e março neste momento", disse.

Os profissionais ligados à educação a serem vacinados, de acordo com o anúncio do governo, incluem professores, diretores de escolas, inspetores de alunos e outros profissionais que atuam em unidades de ensino de creches a escolas do ensino médio das redes incluindo neste caso profissionais das redes municipais, estadual e privada de São Paulo. Serão imunizadas 350 mil pessoas acima de 47 anos deste grupo nesta primeira fase.

Rossieli disse que funcionários terceirizados também serão contemplados desde que o contrato esteja ativo. "Vamos vacinar o conjunto da escola", disse.

Limite de 47 anos

Rossieli ainda disse que o corte de 47 anos foi imposto levando em conta a disponibilidade de vacinas e a necessidade de manter a imunização de outros grupos prioritários. Ontem, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) enviou um ofício ao governo estadual solicitando a inclusão de todos os profissionais da Educação, independentemente da faixa etária, no plano de vacinação contra a covid-19.

"Não podemos interromper a programação pela idade. Um dos grupos agregados foi dos profissionais da educação e obviamente tem uma limitação de vacinas. Por isso, vamos fazendo por etapas. A primeira etapa começa no dia 12 de abril e representa praticamente 40% dos profissionais", disse Rossieli.

Desde o último dia 15, a rede estadual de ensino em São Paulo está em recesso escolar antecipado por duas semanas, que vai até o próximo domingo (28). Segundo Rossieli, uma possível extensão será definida na próxima segunda-feira (29).

Assim, na próxima semana, o funcionamento de escolas será regido por determinações municipais. Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) determinou o recesso escolar para dois dias depois, a partir do dia 17. A medida vale na cidade até 5 de abril.