MEC corta R$ 619 milhões de instituições de ensino federais
A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e a Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) anunciaram hoje (24) que as instituições federais de ensino perderam, juntas, R$ 619 milhões do orçamento discriminado neste mês.
Foram 217 milhões de reais cortados das universidades federais somente na data de hoje e mais 220 milhões no começo do mês. A Andifes pontua que metade desta verba foi remanejada para o Proagro (Programa de Garantia de Atividade Agropecuária). O programa pertence ao governo federal e financia o custeio agrícola para produtores que tiveram sua receita reduzida por conta de eventos climáticos, pragas ou doenças. Na teoria, o foco são os pequenos e os médios produtores, mas o Proagro pode ser utilizado até por grandes produtores, se estiverem dentro de um limite de cobertura.
Quanto aos colégios federais, a perda foi R$ 92 milhões agora e mais R$ 92 milhões no começo do mês.
Os cortes fizeram com que os contingenciamentos - quando se bloqueia gastos não obrigatórios por um tempo - das instituições se tornem, de fato, cortes, porque tiveram outra destinação e não serão recuperados.
Contudo, dentro do orçamento não obrigatório está também o custeio da manutenção dos prédios e as bolsas e auxílios estudantis. Dentro da verba obrigatória estão os salários dos funcionários. A tendência dos últimos anos tem sido a diminuição do dinheiro investido no setor.
Atualmente, são 618 campi de instituições federais no Brasil, contabilizando o ensino básico, técnico e superior.
O UOL procurou o MEC para falar sobre o assunto, mas até o momento não recebeu resposta.
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