Etarismo alimenta ódio, dizem ministros após deboche de universitárias

Em um vídeo publicado hoje, os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e da Educação, Camilo Santana, posicionaram-se contra as falas de intolerância de colegas de uma caloura de 44 anos vítima do preconceito de etarismo em uma universidade de Bauru (SP).

"Nunca é tarde para aprender. Sempre é tempo para respeitar" foi o mote do pronunciamento dos ministros, que repudiaram a atitude das três estudantes, que publicaram um vídeo nas redes sociais zombando da colega mais velha.

Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos

Uma mulher que, assim como milhões de outras brasileiras, acabam colocando em segundo plano a sua própria formação e carreira para cuidar da família, das atividades da casa.

Relacionadas

Lula reajusta merenda escolar e critica governos anteriores: 'Foi desmonte'

Aluno do ensino médio cria equipamento de R$ 250 para prever deslizamentos

'Sem efeito': especialistas criticam consulta sobre reforma do ensino médio

O etarismo, assim como o sexismo, a LGBTfobia e o racismo, são ameaças à nossa democracia, pois alimentam os discursos de ódio, especialmente nas redes sociais, gerando diversos tipos de violência.

Camilo Santana, ministro da Educação

É lamentável que tenhamos que nos manifestar para defender um direito fundamental básico, que é o direito à Educação, cláusula pétrea da Constituição brasileira.

Que este lamentável episódio nos leve à reflexão sobre as dimensões e o papel das universidades de formar cidadãos comprometidos e alinhados às funções sociais da educação.