Enem: Ministro diz que irá avaliar necessidade de adiar a prova para o RS

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta quarta-feira (12) que a pasta irá avaliar a necessidade de adiar a aplicação do Enem no Rio Grande do Sul, atingido por enchentes em maio.

O que aconteceu

Camilo disse que o ministério acompanha a situação para adotar eventuais medidas em relação às provas do Enem, que serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. "Isentamos a taxa [de inscrição], estamos acompanhando o percentual de alunos inscritos, ampliamos a inscrição até sexta-feira. Vamos avaliar se para o Rio Grande do Sul vai precisar adiar, vamos avaliar até lá a necessidade de fazer uma prova exclusiva para o Rio Grande do Sul", afirmou Camilo em audiência na Comissão de Educação da Câmara.

Grande preocupação é retorno imediato das aulas, disse o ministro. Ele relatou que há um grupo da pasta com secretários municipais e que já se reuniu com o governador Eduardo Leite (PSDB) e com a secretária estadual de Educação Raquel Teixeira. Até a última sexta-feira (8), 95% da rede estadual já havia retomado suas aulas.

Reunião do MEC com a Casa Civil irá estabelecer três faixas de repasse para reformas ou reconstruções das escolas. "A gente não quer avaliar cada projeto de reforma, vamos definir três padrões de reforma. Aquela reforma que precisa só de uma pintura, o prefeito vai declarar isso, com valor fixo para três níveis para a gente repassar imediatamente", explicou. Segundo ele, o encontro acontece hoje à tarde.

Ministro repete que não havia motivo para greve nas universidades

A paralisação já dura quase dois meses. Professores e funcionários técnico-administrativos das universidades e institutos federais pleiteiam aumento salarial e reestruturação do plano de carreira.

Segundo Camilo, o governo sempre esteve aberto para negociação e deu um reajuste acima da inflação em 2023. "Esse governo reconhece o papel dos nossos servidores públicos federais nas universidades e institutos federais e a luta justa e defesa em relação às melhorias", disse o ministro.

O MEC anunciou nesta semana o destino de R$ 5,5 bilhões em investimentos do Novo PAC para melhorias e o presidente Lula (PT) pediu o fim da greve das instituições. "Não é por 3%, 2% ou 4% que a gente fica a vida inteira em greve. Vamos ver os outros benefícios. Vocês já têm noção do que foi oferecido? Vocês conhecem o que foi oferecido? Vocês conhecem? Porque no Brasil está cheio de dirigente sindical que é corajoso para decretar uma greve, mas não tem coragem de acabar com a greve", disse o petista.

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