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Cerca de 50 alunos protestam contra exame de medicina; quase 3.000 fazem prova hoje

Ricardo Lima/UOL
Imagem: Ricardo Lima/UOL

Caue Nunes

Do UOL, em Campinas

11/11/2012 09h37

Cerca de 50 estudantes fizeram protesto em frente o local em que acontece o exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), na manhã deste domingo (11), em Campinas.

Os portões do Colégio Progresso, no Cambuí, foram abertos às 8h30. Um grupo de cerca de 30 estudantes estava no local desde 8h, propondo os motivos do boicote proposto para os alunos que chegavam.

"Somos a favor da avaliação, mas não da forma como essa foi concebida", explicou um dos membros do Caal (Centro Acadêmico Adolfo Lutz) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), André Citroni. Ele completou: "o exame é punitivo e responsabiliza somente o aluno, não avalia as escolas, nem resolve os problemas da saúde pública".

No horário previsto para o início da prova, às 9h, o protesto ganhou mais adeptos, chegando a aproximadamente 50, muitos com faixas, cartazes e folhetos contendo as demandas dos alunos. De acordo com um dos organizadores do boicote e formando da Unicamp, Fabrício Donizete da Costa, estão sendo entregues camisetas cujas estampas orientam os estudantes a preencherem a letra “B”, de boicote.

Para Costa, o boicote é propositivo já que prevê um diálogo com o Cremesp. “Queremos que a avaliação seja contínua, ao longo de todo o curso e que não se restrinja a questões teóricas, já que a prática na medicina é tão importante quanto”, disse.

O formando da Unicamp J.M.N, que não quis se identificar, disse que vai fazer a prova. “Eu também acredito que o exame precisa de aperfeiçoamento, mas não compensa entrar lá e não fazer nada. Vou fazer para treinar meus conhecimentos”, disse.