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Caso de aluno morto na Unicamp tem cinco responsáveis, diz polícia

Estudante Denis Casagrande, que foi morto em festa na Unicamp - Reprodução/Facebook
Estudante Denis Casagrande, que foi morto em festa na Unicamp Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em Campinas

03/10/2013 17h34

A Polícia Civil de Campinas concluiu nesta quinta-feira (3) o inquérito sobre a morte do estudante Dênis Papa Casagrande, 21, durante uma festa clandestina na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Cinco pessoas foram responsabilizadas pelo caso, duas delas são menores de idade. 

Além de Maria Tereza Peregrino, 20, e o namorado dela, Anderson Mamede, 21, que foram indiciados e estão presos temporariamente por suspeita do crime. Outras três pessoas ajudaram a linchar o estudante. André Ricardo de Souza Motta, 22, foi indiciado e terá a prisão temporária decretada nos próximos dias. Os outros dois são menores de idade, um tem 15 anos e o outro, 16.

A polícia acredita que o universitário tenha sido morto por engano. “Ele foi confundido com pessoas que viram Maria Tereza Peregrino, de 20 anos, urinar durante a festa e mexeram com ela”, disse o delegado Rui Pegolo, titular do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa e responsável pelo caso.

Para a polícia, Maria teria incitado o grupo, que se autointitula punk, a agredir o estudante. 30 pessoas teriam participado direta ou indiretamente do linchamento, que continuou mesmo depois que Casagrande levou a facada no peito. A facada atingiu seu coração e provocou anemia aguda, o que causou sua morte.

Segundo Pegolo, Maria foi indiciada como autora do crime, por ter desferido a facada. O namorado dela e Motta foram qualificados como coautores pela polícia. Os três devem responder por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil com o agravante de terem impedido a defesa da vítima. A pena varia entre 12 e 30 anos de prisão.

Os menores devem responder por ato infracional análogo a homicídio.

Na quarta-feira (2), Felipe Ferraioli, um dos advogados de Maria, informou que a defesa entrou com pedido de habeas corpus na Justiça. “A decisão deve sair em no máximo cinco dias”, informou ele, que continua alegando que o assassinato ocorreu por legítima defesa e disse não acreditar que a cliente confundiu o estudante com outra pessoa.