Game online promete ajudar estudantes a escolher carreira
Escolher uma profissão para o resto da vida não é uma decisão simples. E escolher uma área de atuação hoje, não implica em excluir todas as outras no futuro. Um game promete ajudar na decisão sobre qual curso superior escolher ou qual o melhor caminho para seguir na carreira. Os games “Escolha de Carreira”, voltado aos recém-formados, e “Escolha do Curso Superior”, destinado a estudantes que estão na fase do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), entram no ar pelo site Brasil Mais TI nos próximos meses.
Os jogos foram desenvolvidos em parceria com o professor João Brandão, da FGV (Fundação Getulio Vargas) e por meio de perguntas e respostas vai traçar um perfil de carreira do usuário, com base em suas habilidade e áreas de afinidade. O game está em fase final de testes e a expectativa é que esteja disponível ainda no primeiro semestre deste ano.
“Conversando com profissionais e 'coaches', percebemos que em muitos casos existe uma assimetria entre o que o estudante quer e o que o curso superior oferece. Por exemplo, muita gente acha que tem vocação para ser médico ou músico. Mas vocação não é um dom divino, é atração, interesse. O contraponto é a aptidão para fazer tal trabalho. Então com o game a gente quer que o estudante pense em qual é o seu interesse e se ele tem habilidade para fazer isso”, diz Brandão.
Para ele, a grande ajuda é mostrar para o estudante ou profissional que ele não deve aprender matemática porque é importante, mas porque será fundamental para a sua carreira no futuro. “Se ele não associar a habilidade à sua carreira, não adianta que ele não vai entender por que precisa aprender”, comenta o professor.
Embora tenha um público-alvo, o game estará disponível ao público em geral. No jogo, o usuário vai passar por quatro entrevistas: uma com um amigo, que vai perguntar questões gerais, depois com uma professora, que vai questioná-lo sobre suas disciplinas de interesse e seus conteúdos, em seguida com um recrutador, para que ele se prepare para futuras entrevistas de emprego ou estágio, e, por fim, uma entrevista com o espelho, ou seja, com ele mesmo. No final, com base nas respostas dadas, o jogo vai traçar um perfil de carreira do recém-formado ou do estudante.
“Se o profissional de TI [tecnologia da informação] descobrir que tem habilidades para a área de biológicas, por exemplo, isso não significa que ele tenha que mudar de área completamente. Ele pode ser astrônomo, trabalhar em administração pública, empreender. Nossa ideia é tirar rótulos. Quem faz engenharia não pode se ver apenas como engenheiro. Ele tem habilidades para outras funções também”, diz o professor.
Segundo Brandão, se há alguns anos os profissionais tinham longas carreiras nas empresas, hoje esse cenário prevê um tempo de vínculo menor e com os profissionais passando por diferentes funções.
“É muito difícil hoje pensar que o profissional que está em um cargo hoje vai estar na mesma empresa daqui a cinco, seis anos. Nesse tempo, o caminho dele muda, e ele e seus interesses também”.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.