Conflito no Paraná deixou 60 feridos, diz governo; prefeitura fala em 150
O confronto ocorrido na tarde desta quarta-feira (29) entre policiais militares e professores da rede estadual do Paraná teria deixado 60 feridos, de acordo com dados oficiais divulgados pelo governo do Paraná. O número contrasta com os 150 feridos divulgados pela Prefeitura de Curitiba.
Ao todo, diz o governo, 20 feridos são PMs e 40 são manifestantes. Desses, 37 foram encaminhados ao Hospital Universitário Cajuru, dois estão no Hospital Evangélico e um está sendo atendido no Hospital do Trabalhador, todos na capital paranaense.
Nenhum deles estaria com ferimentos graves, de acordo com o Estado. Fotos tiradas no local mostram professores com ferimentos no rosto resultantes de balas de borracha. Sete manifestantes foram presos e identificados como adeptos da tática black bloc.
O conflito desta quarta ocorreu após servidores estaduais do Paraná tentarem romper o cerco da Polícia Militar na Assembleia Legislativa. A PM reagiu com bombas de gás e balas de borracha. No local está sendo votado, a portas fechadas, o projeto de lei Paraná Previdência, do governo Beto Richa (PSDB), que modifica a previdência dos funcionários públicos estaduais.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou em seu perfil oficial no Facebook uma mensagem de apoio aos grevistas. "Solidarizo-me com os professores do Paraná, que foram agredidos de forma violenta pela Polícia Militar do Estado. (...) É inadmissível que o direito de manifestação seja restringido a qualquer pessoa, principalmente àqueles que trabalham pela educação de nossos jovens e o futuro do país."
Outro lado
Em nota oficial, o governo estadual culpou a ação de manifestantes mascarados.
"As reiteradas tentativas desses manifestantes de invadir o espaço do Parlamento Estadual culminaram com a ação de defesa das forças policiais (...). O radicalismo e a irracionalidade de pessoas mascaradas e armadas com pedras, bombas de artifício, paus e barras de ferro, utilizados contra os policiais, são responsáveis diretos pelo confronto (...). Lamentavelmente, policiais e manifestantes saíram feridos", diz o texto.
O governador Beto Richa também deu uma entrevista coletiva comentando o confronto.
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