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Pensamentos práticos para melhorar nossas escolas

Rodrigo Capote/Folhapress
Imagem: Rodrigo Capote/Folhapress
Leo Fraiman

30/10/2014 11h02

Vamos pensar nas estratégias que podemos implementar no cotidiano para sempre evoluir na relação instituição, educadores, famílias e alunos, trazendo benefícios a todos.

Se a escola se forma como uma comunidade e se insere nesta, tal atitude reflete nas aulas e trabalhos dos alunos e este crescimento e envolvimento traz benefícios para as famílias. Podemos pensar em maneiras práticas de melhorar nossas escolas e de incrementar as cidades e comunidades em que vivemos junto aos nossos alunos. Alguns pensamentos podem ajudar nessa iniciativa e fazer com que as crianças e os adolescentes percebam desde cedo o valor do que aprendem, criando uma visão solidária, de partilha:

  • “Como podemos usar isto que aprendemos para melhorar nosso mundo?”
  • “O que falta aqui onde vivemos?”
  • “O que podemos fazer com relação a isto?”

Isso os leva a serem até mais felizes, pela sensação de pertencerem (“Nós, somos mais importantes do que cada um”), de terem valor (“Eu faço a diferença”) e se envolverem com causas que são maiores do que eles.

Dentro desta perspectiva, estamos comprometidos ainda com a felicidade. Esta não depende somente de sorte ou de contingências externas, mas também do modo como percebemos nosso valor, a importância e o significado do nosso trabalho e o nosso estilo de vida. Felicidade é algo que vem de dentro para fora, depende da autogestão pessoal e profissional. Fazemos isso com bom humor e animação em sala de aula, usando vitalizadores – contos, mitos, histórias, magia – e oferecendo bons estímulos aos sentidos dos alunos, como músicas, aromas e sensações.

Há ainda quem acredite que felicidade é algo que deve estar distante da sala de aula, que aluno bom é aquele que fica calado. Porém, a cada dia surgem novos estudos demonstrando que o estado de felicidade é benéfico ao cérebro, às emoções, às relações humanas e, consequentemente, também ao aprendizado.

Finalmente, temos compromisso com o brilho nos olhos. Educar é algo para ser feito com entusiasmo e orgulho. É preciso despertar em nossos educandos a consideração por si mesmo, o gosto pela vida e o amor pelo futuro, de forma que eles busquem aprender para agregar valor ao mundo e para fazerem a diferença. Devemos manter a energia positiva dentro de nós mesmos e semear o gosto pelo bem máximo que nos fez evoluir até aqui, a educação. Sem ela, não teríamos sequer sobrevivido na história. Com ela, tocamos a eternidade.

Os biólogos explicam que nosso desejo de evoluir se deu graças ao sistema de recompensa do cérebro, que dispara dopamina, o neurotransmissor da felicidade, quando aprendemos algo. Já aqueles que acreditam em "algo mais" entendem que este sistema cerebral que nos leva a buscar mais da vida foi um presente de Deus para que o Homem, ao ensinar, ao criar, ao amar, tivesse um breve momento de luz e compreendesse, pelo prazer, o que é, de verdade, viver. Vida às nossas escolas!