Recifes de corais (1) - Barreira, atol e franja são tipos desse ambiente marinho
O termo recife de corais refere-se a um habitat marinho que está entre os ambientes de maior biodiversidade do planeta. O recife é formado por algumas espécies de corais (animais pertencentes ao grupo dos cnidários) capazes de secretar um exoesqueleto calcário, juntamente com algas calcárias que produzem finas lâminas de carbonato de cálcio, que vão se acumulando e cimentando a estrutura do recife.
Os corais formadores de recife vivem em simbiose com pequenas algas unicelulares, chamadas zooxantelas, que vivem no interior de seus tecidos. Nesta relação, o coral recebe grandes quantidades da matéria orgânica produzida pela fotossíntese da alga e depende dela para sobreviver. A zooxantela, por sua vez, recebe nutrientes provenientes da excreção do coral e um habitat seguro para se fixar. Embora esta relação seja também vantajosa para a alga, ela pode sobreviver sem o coral.
Águas claras
Devido a esta relação entre os corais e as zooxantelas, os recifes só se formam em águas claras, geralmente acima de 50 metros de profundidade. Para que as algas realizem a fotossíntese é necessário que haja uma boa penetração dos raios luminosos na água do mar.
O ambiente proporcionado pelo recife serve como habitat para centenas ou mesmo milhares de espécies de invertebrados e vertebrados marinhos, além de algas de todos os tipos. Muitas espécies habitam a própria estrutura do recife, se fixando sobre os corais ou vivendo em suas inúmeras tocas e fendas. Outras habitam as imediações do recife e vão até ele para se alimentar ou se reproduzir. Alguns dos animais que podemos encontrar nesse meio são: esponjas, moluscos, crustáceos, equinodermatas, peixes, tartarugas marinhas, entre muitos outros.
Tipos de recifes
Dependendo da sua forma, tamanho e distância da terra firme, os recifes podem ser classificados como franja, barreira ou atol.
Os recifes em franja são formações simples e próximas aos continentes ou a ilhas. Este é o tipo mais comum de recife. Diversas formações em franja ocorrem no Caribe, próximo à Florida e às Bahamas.
As barreiras são formações lineares ou semicirculares, separadas do continente por canais. Um exemplo é a Grande Barreira de Corais da Austrália, a maior do mundo, que se estende por mais de mil quilômetros ao longo do litoral australiano.
Os atóis são recifes em forma de um grande anel, no centro do qual se forma uma lagoa de água salgada. Os atóis emergem em águas mais distantes dos continentes e geralmente se formam sobre antigos vulcões submersos. Um dos mais conhecidos é o Atol de Bikini, situado no oceano Pacífico e palco de testes nucleares nas décadas de 40 e 50.
Distribuição dos recifes
Os recifes se formam em águas tropicais quentes, rasas e claras. As altas temperaturas da água (acima de 20°C) são necessárias para que ocorra a secreção de carbonato de cálcio pelos corais e algas calcárias, processo essencial para a construção do recife.
A claridade e a baixa profundidade da água estão relacionadas, como dito antes, à fotossíntese das zooxantelas. Outra exigência para que ocorra a formação de um recife é que a água deve ter poucas partículas em suspensão, ou seja, deve ser límpida. Isso porque o excesso de material em suspensão entope o mecanismo filtrador dos corais, responsável pela sua alimentação.
Considerando a totalidade de recifes de corais existentes no mundo, temos que 60% localizam-se no oceano Índico, 25% no Pacífico e 15% no Atlântico.
Leia mais sobre recifes de corais
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