Estudo da Unicamp indica bom desempenho de alunos da rede pública
Alunos da Unicamp (Universidade de Campinas) que estudaram na rede pública têm desempenho acadêmico superior ao de seus colegas da rede privada. A constatação é de uma pesquisa que envolveu 7.094 alunos da instituição, dos quais 4.955 já concluíram o curso.
O levantamento comparou o desempenho de estudantes que entraram na universidade com notas semelhantes. Em média, os estudantes vindos da rede pública conseguiram alcançar, ao final do curso, quatro posições acima do que na época em que fizeram vestibular.
O estudo feito pela Coordenação de Pesquisa da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp apresenta uma variedade de dados, por curso da universidade, e leva em consideração, por exemplo, que o estudante da rede pública tenta o vestibular mais vezes e é mais velho, em média, do que o estudante da rede privada.
Os fatores que podem se relacionar a este resultado não são apenas acadêmicos, mas envolvem questões psicológicas e sociais também. O coordenador da pesquisa, professor Renato Pedrosa, avalia que "o aluno que veio da escola pública e entrou na Unicamp tem bastante determinação, pois, geralmente, pertence a uma família com pequeno patrimônio cultural e passou por dificuldades, ultrapassando limites".
Outro motivo para a diferença pode estar no ambiente familiar. De acordo com a Unicamp, o aluno da rede pública vem geralmente de um ambiente mais conflitante, que requer escolhas. Já o aluno do colégio particular é mais protegido.
Desde 1987, os vestibulandos da Unicamp respondem a um questionário, com quarenta a cinqüenta perguntas, sobre sua origem, condições culturais, socioeconômica e educacional e informações da família. Foi com base no questionário, respondido por alunos que ingressaram na casa, entre os anos de 1994 a 1997, que a Unicamp realizou a pesquisa.
Cotas
Atualmente, a Unicamp não tem política de cotas para facilitar o acesso de alunos carentes aos cursos de graduação da instituição, mas existe uma proposta para dar melhores oportunidades de ingresso aos alunos da rede pública, negros e índios.
Segundo dados da Unicamp, apenas 30% dos 15 mil estudantes que passam no vestibular da instituição são da rede pública. A pesquisa observa, porém, que, entre os candidatos, 30% também são deste grupo, o que pode indicar uma auto-exclusão prévia dos formados na rede pública.
Com as propostas de ampliação de acesso a esses estudantes, a Unicamp estima que o percentual de alunos da rede pública na Unicamp suba para 38% já no próximo ano.
Mais informações sobre a pesquisa podem ser obtidas no site da Unicamp.
O levantamento comparou o desempenho de estudantes que entraram na universidade com notas semelhantes. Em média, os estudantes vindos da rede pública conseguiram alcançar, ao final do curso, quatro posições acima do que na época em que fizeram vestibular.
O estudo feito pela Coordenação de Pesquisa da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp apresenta uma variedade de dados, por curso da universidade, e leva em consideração, por exemplo, que o estudante da rede pública tenta o vestibular mais vezes e é mais velho, em média, do que o estudante da rede privada.
Os fatores que podem se relacionar a este resultado não são apenas acadêmicos, mas envolvem questões psicológicas e sociais também. O coordenador da pesquisa, professor Renato Pedrosa, avalia que "o aluno que veio da escola pública e entrou na Unicamp tem bastante determinação, pois, geralmente, pertence a uma família com pequeno patrimônio cultural e passou por dificuldades, ultrapassando limites".
Outro motivo para a diferença pode estar no ambiente familiar. De acordo com a Unicamp, o aluno da rede pública vem geralmente de um ambiente mais conflitante, que requer escolhas. Já o aluno do colégio particular é mais protegido.
Desde 1987, os vestibulandos da Unicamp respondem a um questionário, com quarenta a cinqüenta perguntas, sobre sua origem, condições culturais, socioeconômica e educacional e informações da família. Foi com base no questionário, respondido por alunos que ingressaram na casa, entre os anos de 1994 a 1997, que a Unicamp realizou a pesquisa.
Cotas
Atualmente, a Unicamp não tem política de cotas para facilitar o acesso de alunos carentes aos cursos de graduação da instituição, mas existe uma proposta para dar melhores oportunidades de ingresso aos alunos da rede pública, negros e índios.
Segundo dados da Unicamp, apenas 30% dos 15 mil estudantes que passam no vestibular da instituição são da rede pública. A pesquisa observa, porém, que, entre os candidatos, 30% também são deste grupo, o que pode indicar uma auto-exclusão prévia dos formados na rede pública.
Com as propostas de ampliação de acesso a esses estudantes, a Unicamp estima que o percentual de alunos da rede pública na Unicamp suba para 38% já no próximo ano.
Mais informações sobre a pesquisa podem ser obtidas no site da Unicamp.
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