Em Paulínia, alunas brigam durante aula e professor assiste a cena
Duas estudantes de 16 anos do ensino médio da Escola Estadual Padre José Narciso Vieira Ehrenberg, no bairro João Aranha, em Paulínia (120 km de São Paulo), envolveram-se em uma briga durante o período de aula na manhã de quarta-feira (17). A confusão foi gravada em vídeo, que mostra um professor no local.
A Secretaria Estadual da Educação classificou a situação como “lamentável” e informou que investigará o caso.
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Durante a briga, uma das garotas --muito maior que a outra-- joga a colega no chão e desfere tapas, socos e chutes na companheira de classe. Em meio à cena, um professor, que não teve o nome revelado pela escola, acompanha de perto, quase como espectador, a ação.
Ele aparece poucas vezes no vídeo, e tenta em apenas uma oportunidade intervir para impedir que as alunas seguissem com as agressões, mas o docente não tem sucesso. A confusão durou aproximadamente dois minutos.
Na última cena da briga, com uma das alunas caída no chão, a rival chega a desferir seguidos chutes nas costelas da colega de turma e, depois, uma sequência de murros na cabeça na menina caída. Ao levantar, a garota ainda é alvo do arremesso de uma carteira, que não a acerta.
Segundo relatos de companheiros de classe das meninas, a briga teria começado pelo fato de uma das estudantes estar atirando bolinhas de papel na outra. Ainda segundo um aluno, a estudante que bateu na companheira seria vítima frequente de bullying. “Não só a menina que apanhou, mas muita gente da sala de aula costuma tirar sarro dela [da menina maior, que bateu mais]”, disse.
A jovem que apanhou declarou, a uma emissora de televisão regional, que ficou surpresa com a agressão. "Nós fomos criadas juntas. Eu estou muito chocada, ela vivia na minha casa, minha família adora ela, tinha ela como filha. Agora ela chega e me agride desse jeito. Não acredito até agora", disse.
Outro lado
Funcionários da escola afirmaram à reportagem que não estavam autorizados a comentar o assunto. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação, a direção da unidade convocou uma reunião com os responsáveis pelas estudantes para impedir que novas discussões “cheguem às vias de fato”. As garotas estão suspensas e o Conselho Tutelar foi acionado para fazer a análise do problema.
Quanto ao professor que estava em sala de aula no momento da briga, a Diretoria Regional de Ensino de Sumaré, responsável por Paulínia, informou que averiguará a sua conduta e, caso se comprovem quaisquer falhas, tomará as providências cabíveis. As punições, se for determinada conduta omissa do mestre, variam de advertência à exoneração.
Histórico
Em abril de 2011, uma professora da unidade da mesma unidade de ensino foi agredida ao pedir que dois alunos parassem de brigar. O caso foi registrado na Polícia Civil. Na ocasião, dois alunos discutiam quando a profissional pediu que não houvesse agressão.
O fato ocorreu dentro da sala de aula. Ao ser questionado pela prefeitura, um dos jovens tentou deixar a sala, mas foi contido pela professora. O jovem, então, empurrou as carteiras e deu dois socos no rosto da professora, que caiu ao chão.
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