Alunos da USP decidem manter ocupação da reitoria; greve completa um mês
Durante uma assembleia realizada na noite desta quinta-feira (31), os alunos da USP (Universidade de São Paulo) decidiram manter a greve e a ocupação da reitoria iniciadas em 1º de outubro. A decisão ocorre no mesmo dia em que a universidade propôs um acordo com os estudantes.
Na assembleia desta quinta, eles resolveram que, apesar dos avanços conquistados no encontro com a reitoria, só irão interromper a paralisação quando a USP garantir que nenhum estudante que participou do movimento será punido.
Assim como a greve, continua a ocupação da reitoria da universidade. Os estudantes invadiram o prédio durante a reunião do Conselho Universitário sobre mudanças no processo de escolha do reitor.
Na data, os estudantes protestavam por eleições diretas para reitor, votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três mais votados.
Acordo
Na proposta de acordo entregue nesta quinta pela reitoria, a USP defende a convocação de uma estatuinte em 2014. Antes do processo, porém, um congresso deve ser organizado por estudantes, professores e funcionários para discutir os temas que devem compor a pauta da estatuinte.
Segundo o texto, a USP também se comprometia a negociar com a SPTrans o retorno de três linhas de ônibus extintas e o aumento da frota de ônibus circulares no campus. A universidade garantia ainda que as bolsas estudantis seriam reajustadas de acordo com o aumento salarial acordado no Cruesp (Conselho de reitores das Universidades Estaduais de São Paulo).
Outra demanda dos alunos, de que os blocos “k” e “l” fossem transformados em moradia estudantil, também seria atendida.
O texto que resultou da reunião de hoje prevê ainda a abertura de um processo democrático para a discussão do modelo de segurança da universidade e a devolução dos prédios do DCE Livre e da Associação de Pós-Graduandos da USP.
Segundo o texto, seriam formadas comissões para atender a demanda de moradias, restaurantes e vagas em creches nos campi da universidade. Também seria instituída uma comissão permanente de diálogo e negociação entre a universidade e os representantes dos estudantes.
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