Topo

USP rejeita eleições diretas para reitor; alunos mantêm reitoria ocupada

Do UOL, em São Paulo

01/10/2013 19h50Atualizada em 03/10/2013 10h41

O Conselho Universitário da USP (Universidade de São Paulo) rejeitou nesta terça-feira (1°) fazer eleições diretas para reitor e vice-reitor da instituição no próximo pleito. Com a reunião fechada, estudantes e funcionários da universidade invadiram o prédio da reitoria nesta tarde.

Veja também

  • Christian von Ameln/Folhapress

    USP despenca em ranking global de universidades; confira as melhores instituições do mundo

  • USP pediu reintegração de posse da reitoria; Justiça deve decidir nesta 5ª

  • Dario Oliveira/Futura Press

    USP rejeita eleições diretas para reitor; alunos mantêm reitoria ocupada

O conselho decidiu, no entanto, mudar o sistema de votação. A eleição será feita em apenas um turno em uma assembleia constituída pelo Conselho Universitário, Conselhos Centrais, Congregações das Unidades e pelos conselhos deliberativos dos museus e dos institutos especializados. No total, devem votar cerca de 2.000 pessoas. 

Além disso, os candidatos a reitor e vice-reitor deverão fazer inscrição prévia de suas candidaturas, com programa de gestão a ser implementado. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, antes todos os professores titulares da USP podiam ser considerados como candidatos em potencial sem necessidade de inscrição prévia.

Na próxima eleição, os candidatos deverão deixar seus postos de chefia ou direção exercidos após a inscrição da candidatura. A consulta à comunidade universitária continuará a ser feita de maneira informativa, sem validade real para a eleição. 

O calendário da próxima eleição será decidido na próxima sexta-feira (4). 

Ocupação

Os estudantes decidiram em assembleia nesta terça à noite manterem a ocupação do prédio da reitoria da universidade. O DCE (Diretório Central de Estudantes) reivindica eleições diretas e paritárias na universidade. 

A ocupação ocorreu nesta tarde durante a reunião do Conselho Universitário. Cerca de 400 estudantes participaram da ocupação do prédio da reitoria. Eles usaram marretas para quebrar portas e picharam paredes no interior do local. Policiais militares em três motos e dois carros acompanharam a ato à distância.