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Alunos da USP detidos são transferidos para penitenciária

Do UOL, em São Paulo

13/11/2013 12h29

Os dois estudantes da USP (Universidade de São Paulo) detidos durante a reintegração de posse do prédio da reitoria foram transferidos para o CDP (Centro de Detenção Provisória) da Penitenciária de Osasco na manhã desta quarta-feira (13). As informações são da Secretaria de Segurança Pública.

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João Vitor Gonzaga, 27, e Inauê Taiguara Monteiro de Almeida, 23, são acusados de formação de quadrilha, furto e danos ao patrimônio.

Desde ontem (12), os estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) estavam no 91° DP, onde um grupo de alunos fez vigília durante toda a noite.

Os advogados que representam os alunos entraram com um pedido de relaxamento de prisão na Justiça. De acordo com o advogado Felipe Vono, a ação ainda não tinha sido apreciada pelo juiz até a manhã desta quarta. 

Alunos não estariam na ocupação

Presos do lado de fora do prédio da reitoria ontem durante a ação de reintegração de posse feita pela Tropa de Choque da PM, os estudantes alegam não terem participado da ocupação. 

Segundo sua defesa, os estudantes estariam em uma festa do curso de filosofia e teriam se aproximado do prédio da reitoria para saber o que estava acontecendo. Os estudantes afirmam ainda terem apanhado dos policiais, com socos na boca do estômago e chutes nas pernas, durante a abordagem.

Reintegração de posse

Após 42 dias de ocupação, a reintegração de posse do prédio da reitoria foi feita pela Tropa de Choque da PM por volta das 5h dessa terça-feira. 

Aberto para a imprensa após vistoria da polícia, o saguão e as salas do andar térreo do prédio apresentavam muitas pichações, vidros quebrados, e sujeira no prédio. Segundo a assessoria da USP, equipamentos eletrônicos foram destruídos ou furtados.

Os andares superiores não tinham marcas de vandalização, apenas gavetas e armários abertos. No térreo havia também dois pianos e móveis novos embalados.

Histórico da greve

Os alunos da USP entraram em greve no dia 1° de outubro e ocuparam a reitoria em protesto por democracia nas eleições da universidade. Os estudantes querem que o reitor seja escolhido em um processo de eleição direta em que toda a comunidade universitária possa votar. 

As próximas eleições da universidade acontecem no dia 19 de dezembro e não terão voto direto. Quatro chapas concorrem à gestão da reitoria - três delas encabeçadas por professores que integram a administração de João Grandino Rodas, o atual reitor, que mantém discrição sobre o candidato preferido.