Presidente do Inep minimiza falha de inscrição do Enem 2015
Os servidores do Inep, autarquia do Ministério da Educação responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), estão trabalhando abaixo da capacidade, afirmou o presidente da instituição, Francisco Soares em entrevista ao UOL. "Está tudo muito tranquilo", disse Soares sobre as inscrições do maior exame de seleção para o ensino superior do país.
Segundo Soares, a capacidade é de realizar 2.500 inscrições por minuto. Para ele, os problemas relatados pelos internautas - e enfrentados pela reportagem do UOL - foram pontuais. O Inep sugere "horários alternativos", sem definir que períodos seriam esses.
"Um dos problemas que detectamos foi com quem acabou de tirar o CPF [Cadastro de Pessoa Física] porque o número pode não estar na base da Receita e ocasionar algum atraso", explicou. Mesmo assim, ele afirmou que isso não será problema para efetuar a inscrição.
Até agora, o Enem 2015 recebeu mais de 3,6 milhões de inscrições. O prazo para se inscrever vai até o dia 5 de junho, próxima sexta-feira.
Ajustes finos
O Enem, que foi alvo de polêmicas e até caso de polícia, está em outro estágio do processo. "São centenas de processos", disse Soares. "Agora, os processos são de menor visibilidade [se comparados com os ajustes iniciais quando o exame foi implantado como seleção para o ensino superior, em 2009]."
O fato de abrir os malotes das provas meia hora depois que os portões forem fechados, às 13h, ajudará na padronização das chances dos candidatos, segundo o presidente do Inep. Assim, todos começam as provas no mesmo horário -- algo que não era possível garantir quando os pacotes com as provas eram abertos após o fechamento dos portões.
Outra mudança é ter um funcionário público por local de prova, para presenciar a chegada e abertura dos pacotes de prova. E, com o tempo em sala dos alunos até a chegada do caderno do Enem, também poderá haver um uso mais eficiente dos detectores de metal, segundo Soares, uma vez que o aparelho poderá ser usado nesse período.
Segundo Soares, há duas diretrizes para a condução desse processo: segurança (para que não haja vazamentos e fraudes desde a inscrição até a divulgação dos resultados) e acolhimento (do público diverso que o Enem recebe, das adaptações do manual para a Linguagem Brasileira de Sinais, Libra, até a facilitação do uso do nome social para os transgêneros).
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