MEC diz que universidades empenharam 28% do orçamento disponível até agora
O secretário-executivo do MEC (Ministério da Educação), Antônio Paulo Vogel, disse hoje que universidades e institutos federais empenharam 28,9% da verba disponível para recursos discricionários (que envolvem despesas como luz e água, mas não com salários) até o momento. Empenho é o compromisso do governo com determinado pagamento.
O secretário afirmou que o número está dentro do esperado - - segundo ele, as universidades podem empenhar 40% até junho. "Isso é normal. Acontece todos os anos", disse.
"Das universidades e institutos, eles chegaram, na média, a 28,9% [dos recursos discricionários]. Eles podem ir até 70%", afirmou, em referência ao bloqueio de verbas imposto pelo MEC. O empenho das verbas significa que os valores estão reservados, mas não são oficialmente gastos. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, explicou na última semana que a liberação da verba no segundo semestre dependerá da aprovação da reforma da Previdência e da melhora da situação econômica no país.
O secretário falou com jornalistas após uma reunião do ministério com a Andifes, associação dos reitores das universidades federais. As instituições dizem temer que, com o bloqueio, o funcionamento no segundo semestre possa ficar em xeque.
"Nós reconhecemos o problema das universidades e entendemos, mas o problema não é só deles", disse o secretário.
Reinaldo Centoducatte, presidente da Andifes, explicou que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ouviu as reivindicações dos reitores, mas manteve a indicação de que o bloqueio é necessário devido à situação fiscal do país.
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