TikTok ajuda alunos a estudar e acertar questões nos vestibulares
Guilherme Botacini
Colaboração para o UOL, em São Paulo
03/02/2021 04h00
Embora não substitua a sala de aula, a internet há tempos possibilita o acesso a conteúdos, aulas e contatos em formatos cada vez mais acessíveis.
Com a covid-19 e o isolamento social, que fecharam escolas e confinaram os alunos em casa, o acesso online se tornou ainda mais relevante. As redes sociais foram essenciais nessa democratização.
No TikTok, por exemplo, professores transmitem dicas preciosas aos estudantes mesmo durante momentos de lazer e descanso.
Essas dicas fazem toda a diferença. No Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), muita gente acertou uma questão de análise combinatória sobre anagramas depois de ver um vídeo no TikTok do professor Victor Polillo.
Em seu perfil, ele explicou como calcular todos os anagramas (recombinações de letras) possíveis da palavra "Enem". Com linguagem fácil e próxima dos estudantes, em um minuto o professor resolve a questão. E até tira uma pegadinha.
Muitos alunos lhe agradeceram pelo vídeo depois da prova. Só essa postagem tem quase 6.000 curtidas e 90 mil visualizações, segundo Polillo.
Marcela Chagas, estudante de São Bernardo do Campo (SP), foi uma das pessoas que se deram bem por terem visto esse material.
"Por ter a rotina corrida, usava o TikTok para me distrair entre aulas e estudo. Quando o vídeo apareceu, pensei: 'Por que não assistir? É só um minuto', e por conta disso acertei a questão", conta.
Ela, que usa o TikTok desde o lançamento do aplicativo, diz que o uso de redes sociais para estudos foi muito positivo e fez toda a diferença quando a pandemia bagunçou horários e exigiu dos estudantes outras formas de estudar.
"Ajudou muito, foi a maior base para mim. Uso também o Instagram, para anotação e coisas rápidas, e o YouTube, para ver aulas ao vivo e revisões", diz.
Professor particular de matemática há dez anos e em escolas há cinco, Polillo também usa Instagram e YouTube para divulgar seu conteúdo.
Foi em abril de 2020, no começo da quarentena, quando deu um gás no projeto de criar o perfil no TikTok para se somar ao canal do YouTube e ao perfil no Instagram, que já existiam. Pelos seus cálculos, passou de 2 milhões de visualizações totais no perfil novo.
A rede social ainda permite que os usuários façam transmissões ao vivo (lives), o que pode ser usado para aulas e programas de revisão.
No caso de Polillo, ele monta seu cronograma de conteúdos de acordo com as áreas da disciplina, mas também a partir de sugestões de seguidores e períodos específicos.
Foi o caso do Enem, quando ele publicou um vídeo por dia, ao longo de duas semanas, com conteúdos que costumam cair no exame.
"Conteúdos no Tiktok servem para complementar, dar dica, não dá para passar um conhecimento tão aprofundado como na escola", diz.
Ele lembra que, eventualmente, estudantes fazem comparações entre ele e seus professores, dizendo que na escola aprendem de um jeito menos compreensível, mas Polillo tenta contornar essa percepção.
"Eu respondo que isso não acontece porque o professor da escola é pior, ele só trabalha diferente. Além disso, como minhas dicas estão numa plataforma que os alunos curtem, fica mais fácil. Às vezes, se eu explicar do mesmo jeito que os professores da escola do aluno, eles vão gostar mais só por estar no TikTok", afirma.
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