TCU vai inspecionar MEC para apurar influência de pastores após denúncias
O ministro Walton Alencar, do TCU (Tribunal de Contas da União), liberou hoje uma inspeção para apurar possíveis irregularidades no MEC (Ministério da Educação). A determinação ocorre em meio a denúncias de influência dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos na liberação de recursos da pasta, que levaram à saída do ministro Milton Ribeiro.
"Julgo necessária a realização de inspeção para a apuração de irregularidades na gestão das transferências voluntárias do MEC e do FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] quanto à interferência indevida de agentes privados na liberação de recursos públicos na área da educação", apontou Alencar, no despacho datado de hoje.
De acordo com o ministro do TCU, a apuração dos dados desse caso continua sendo de extrema gravidade, mesmo após a exoneração de Ribeiro.
A reportagem do UOL entrou em contato com o MEC para um posicionamento e aguarda resposta. O texto será atualizado em caso de retorno.
Saída de Milton Ribeiro e investigação dos pastores
Milton Ribeiro pediu exoneração do cargo de ministro da Educação no dia 28, uma semana após a divulgação de um áudio em que ele afirmava que o governo federal prioriza a liberação de verbas a prefeituras ligadas a dois pastores. Sem cargos, os líderes religiosos atuariam em um esquema informal de liberação de verbas do MEC, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.
"Foi um pedido especial que o presidente da República [Jair Bolsonaro (PL)] fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar [Santos]", diz o ex-ministro na gravação.
A Polícia Federal abriu inquérito na semana passada para investigar a ação dos pastores junto ao MEC. A pedido da Procuradoria-Geral da República, o Supremo Tribunal Federal também autorizou a abertura de apuração.
Ribeiro admitiu ter encontrado os religiosos, mas isentou Bolsonaro. Nas redes sociais, o pastor Gilmar afirmou serem falsas as notícias sobre sua participação como intermediador na liberação de verbas do MEC para prefeituras. Arilton Moura não se manifestou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.