Ministro pede diálogo à Câmara para barrar novas mudanças no ensino médio
Em recado à Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Camilo Santana, pediu diálogo para discutir o projeto de lei sobre as mudanças no ensino médio.
O que aconteceu
Camilo disse que o projeto enviado ao Congresso foi construído em consenso com entidades da área. Ele disse acreditar no diálogo e bom senso.
A declaração acontece em meio a um acordo feito pelo relator do texto, o deputado federal Mendonça Filho (União-PE), e o Consed, conselho que reúne os secretários estaduais de Educação. Na semana passada, o UOL revelou que uma das alterações acordadas foi a redução na carga horária das disciplinas tradicionais, como matemática e português, para 2.100 — o projeto do MEC previa 2.400 horas.
O ministro afirmou que o Consed validou o texto encaminhado ao Congresso. "Essa não é uma disputa política, é uma disputa de melhoria da qualidade do ensino médio brasileiro", disse Camilo. Mendonça foi ex-ministro da Educação no governo Temer (MDB) e responsável por aprovar a primeira versão do novo ensino médio.
Camilo usou os resultados do Pisa 2022, principal avaliação da educação no mundo, para defender a ampliação da carga horária. Reportagem do UOL mostrou que 7 em cada 10 alunos brasileiros de 15 anos não sabem o mínimo de matemática.
Além da mudança na carga horária, Mendonça acordou com os estados retirar a obrigatoriedade do ensino na língua espanhola — que está na proposta do MEC.
O que disse o ministro
O Consed participou da comissão que fez a consulta pública, fez a reelaboração da minuta que foi encaminhada ao Congresso. Os 27 secretários estavam de acordo com tudo? Claro que não, mas foi uma representação que validou o que encaminhamos.
O recado, a mensagem que quero dar é todo respeito ao Congresso Nacional, que é quem aprova as leis nesse país, e lembrar a todos parlamentares e ao ex-ministro que esse foi um processo de ampla discussão, não foi um projeto feito por Medida Provisória como foi feito da vez passada.
É um esforço, que precisa estar acima de qualquer movimento ideológico. Espero que a gente possa dialogar com muito franqueza, diálogo, não só com relator, mas com os parlamentares.
2 comentários
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Antonio de Almeida Lago Filho
Este está sendo um ano de muitas realizações, embora os da Terra plana, antivacina, devotos servos do chefe no Centrão, neguem. O Brasil está em busca de novas e melhores oportunidades no exterior. A Presidência da República do Brasil mostra-se extraordinariamente ativa, revigorada e empenhada. Trabalhando intensamente, tem conquistado excelentes resultados para os brasileiros: crescimento do PIB em 3%, redução da inflação, desemprego, fome e desmatamento, além do aumento do sentimento de brasilidade e felicidade, juntamente com um compromisso firme com a defesa da democracia. Criminosos arruaceiros que ameaçam a democracia estão sendo detidos, e políticas públicas eficazes estão sendo implementadas contra o crime organizado e a corrupção. Iniciativas como o Novo PAC, Mais Médicos e reformas estruturais tributárias e fiscais realizadas em apenas 11 meses. Foca na pergunta. Quem apoiaria políticos do Centrão? Servos do chefe no Centrão.