Segundo dia do Enem 2024 acontece hoje com questões de matemática
O segundo dia de aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2024 ocorre neste domingo (10). A prova começa às 13h30 e encerra às 18h30 para todos os participantes (horário de Brasília).
O que aconteceu
Os candidatos terão que responder a 90 questões de matemática e ciências da natureza. Os portões dos locais de aplicação serão abertos às 12h e fechados à 13h — por isso, é importante se organizar e chegar com antecedência.
Mais de 4,32 milhões de pessoas se inscreveram para a edição deste ano. No domingo passado (3), os candidatos responderam questões de linguagens e ciências humanas, além de produzir uma redação. O tema foi "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".
Os candidatos precisam um documento com foto, além da caneta de tinta preta, fabricada em material transparente. A máquina responsável por fazer a leitura do gabarito não detecta a cor azul, por isso ela não é permitida.
A edição deste ano funciona como um teste de força para o governo Lula (PT) do programa Pé-de-Meia. Alunos mais pobres e de escolas públicas vão ganhar um incentivo de R$ 200 por se inscreverem para fazer a prova. É preciso participar dos dois dias do exame também.
O aumento de inscritos no exame é uma prioridade do governo Lula. Foi em 2009, no segundo mandato do petista, que o Enem passou a ter "peso" de vestibular. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o Enem registrou o menor número de participantes em 17 anos — 3,4 milhões em 2022.
No primeiro dia de aplicação do Enem 2024, a abstenção ficou em 26,6%. O índice é menor em relação a edição do ano passado, segundo dados do MEC (Ministério da Educação). O governo também espera barrar o aumento dos ausentes com o Pé-de-Meia.
Como foi primeiro dia do Enem 2024
Exame abordou questões sobre racismo, papel da mulher e o impacto da covid-19 na saúde mental. A prova de linguagens e ciências humanas também apresentou perguntas envolvendo a série "Game Of Thrones" e o livro "A culpa é das estrelas".
A avaliação de professores ouvidos pelo UOL é que a prova foi dinâmica e atual. Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Enem passou por turbulências e servidores denunciaram sobre a falta de perguntas.
"Tivemos muitas questões que envolvem identidade cultural, manifestação cultural, tanto de matriz africana, quanto de matriz indígena", afirma Rafael Lancelloti, professor de filosofia e sociologia do Cursinho da Poli. O modelo foi seguido pelo Inep, órgão responsável pelo exame, na edição anterior, quando o tema da redação foi sobre a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher.
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