Alunos da USP rejeitam proposta de acordo e decidem continuar em greve
Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (6), continuar a greve e a ocupação da reitoria iniciadas em 1º de outubro. A votação ocorre no dia em que a reitoria reapresentou uma proposta de acordo a representantes do DCE (Diretório Central dos Estudantes).
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A assembleia de hoje foi marcada por debates entre grupos pró e contra o encerramento da greve. Ao fim do encontro, foram contabilizados 562 votos favoráveis ao retorno às aulas e mais de 700 contra.
O resultado da votação será apresentado em um encontro com representantes da universidade marcado para amanhã às 11h.
A decisão foi tomada no dia em que os alunos foram notificados oficialmente da determinação do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) pela reintegração do prédio. No momento em que o documento foi entregue, os estudantes pediram que a Justiça aguardasse a decisão da assembleia de hoje.
Reitoria ocupada
Os estudantes ocuparam o prédio da reitoria da USP no dia 1 º de outubro durante a reunião do Conselho Universitário que discutiu mudanças no processo de escolha do reitor.
Na data, os estudantes protestavam por eleições diretas para reitor, votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três mais votados.
Proposta de acordo
A reitoria garantiu hoje os itens apresentados na reunião da semana passada, que contém a proposta de reelaboração do estatuto da instituição na primeira quinzena de maio de 2014, com a ajuda da comunidade acadêmica - alunos, professores e funcionários.
Segundo o texto, a USP também se comprometia a negociar com a SPTrans o retorno de três linhas de ônibus extintas e o aumento da frota de ônibus circulares no campus. A universidade garantia ainda que as bolsas estudantis seriam reajustadas de acordo com o aumento salarial acordado no Cruesp (Conselho de reitores das Universidades Estaduais de São Paulo).
Outra demanda dos alunos, de que os blocos "K" e "L" fossem transformados em moradia estudantil, também seria atendida.
O texto prevê a abertura de um processo democrático para a discussão do modelo de segurança da universidade e a devolução dos prédios do DCE e da Associação de Pós-Graduandos da USP.
Segundo a proposta, seriam formadas comissões para atender a demanda de moradias, restaurantes e vagas em creches nos campi da universidade. Também seria instituída uma comissão permanente de diálogo e negociação entre a universidade e os representantes dos estudantes.
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