Após 50 dias de greve, USP Leste volta às aulas nesta quarta-feira
Após 50 dias de greve, a USP Leste (Universidade de São Paulo) voltou às atividades normais nesta quarta-feira (30). A greve começou no dia 10 de setembro e envolvia professores, alunos e funcionários, que pediam uma solução para o problema de contaminação do solo do campus da unidade em Ermelino Mattarazzo.
O retorno às aulas foi acordado após uma reunião na última sexta-feira (25), que criou uma comissão permanente de acompanhamento ambiental composta por representantes das três categorias. A reposição de aulas ainda deve ser organizada, segundo a assessoria de imprensa da unidade.
O campus foi autuado no dia 2 de agosto por descumprir exigências da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) para acabar com a contaminação do solo. O terreno do campus concentra gás metano proveniente do desassoreamento do rio Tietê.
Entre as exigências não atendidas, segundo a Cetesb, há a instalação de sistema de extração de gases de todos os prédios, avaliações de risco à saúde, além de investigação ambiental detalhada do solo.
Placas foram colocadas no campus para marcar a interdição da área, no entanto a Cetesb afirmou que as placas foram afixadas indevidamente e que a contaminação não oferece riscos aos frequentadores do campus.
Ocupação da reitoria
No dia 3 de outubro, os estudantes da EACH (Escola de Artes e Ciências Humanas) ocuparam o prédio da diretoria da EACH em protesto. A reintegração de posse do prédio foi feita no sábado (19) pela Tropa de Choque. Segundo Jaqueline Souza do Nascimento, 22, diretora do DCE (Diretório Central dos Estudantes), havia 35 alunos acampados no edifício, que foi cercado por pelo menos cem PMs antes das 6h da manhã.
No campus Cidade Universitária, os estudantes da USP continuam ocupando o prédio da reitoria. A demanda é por eleições democráticas para reitor. As próximas eleições para a reitoria da universidade estão marcadas para o dia 19 de novembro. Quatro chapas concorrem à gestão da reitoria da USP - três delas encabeçadas por professores que integram a administração de João Grandino Rodas, o atual reitor, que mantém discrição sobre o candidato preferido.
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