Galileo teria dívida de quase R$ 500 mil com sindicato de funcionários
A crise que afeta a Universidade Gama Filho e a UniverCidade (Centro Universitário da Cidade) também chegou até o SAAE-RJ (Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Estado do Rio). A soma das dívidas das duas instituições com o sindicato chegaria a quase meio milhão de reais.
Segundo Thiago Baptista Martinelli, responsável pelo departamento jurídico do sindicato, a Gama Filho não paga desde 2012 a contribuição sindical devida, valor que ultrapassa R$ 100 mil, baseado no último pagamento de 2011, de R$ 50.066,08. Com a UniverCidade, a dívida é ainda maior: são ao todo 27 unidades, que deveriam pagar R$ 1.800 por ano. Como o tributo não é quitado desde 2007, o total é de R$ 340.200.
A assessoria de imprensa do Grupo Galileo, mantenedor das duas instituições, informou que o grupo reconhece que existe uma dívida e busca formas de conciliação para que o valor seja quitado - eles não confirmam o valor passado pelo sindicato. Ainda de acordo com a assessoria, quando a Galileo assumiu o controle das universidades a dívida já estava em torno de R$ 200 mil.
Processos
Segundo o SAAE-RJ, já existem 20 processos coletivos de funcionários contra a Gama Filho e a UniverCidade. No campo dos processos individuais para obter verbas rescisórias, a pilha soma mais de mil.
Um processo iniciado em 2002 contra a Gama Filho trata do pagamento do FGTS aos empregados. São mais de 919 funcionários citados -- a quantia a ser quitada ultrapassa os R$ 2 bilhões.
“Para os funcionários, a situação é calamitosa”, afirma o presidente do SAAE, Elles Carneiros. “Eles são, hoje, os detentores da maior dívida das instituições. Elas já foram reconhecidas pela Justiça do Trabalho, estão em execução e o pessoal de todas as formas possíveis está empurrando com a barriga”.
Carneiro conta que esse processo que trata do FGTS chegou a sumir por oito meses da vara onde estava alocado no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. “Desde que o Grupo Galileo assumiu a gestão das instituições, já trocaram de escritório de advocacia cinco vezes”, conta Martinelli.
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