Dilma: Ensino integral está "longe" do desejado apesar de avanços
"Demos um passo bem grande para aumentar o ensino em tempo integral, mas ainda está muito longe do que queremos e devemos ter" -- esse foi o comentário da presidente Dilma Rousseff sobre os dados do Censo da Educação Básica 2013. Ela fez a afirmação durante discurso em formatura de 3.800 egressos do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) na manhã desta quinta (27) em São Paulo.
Segundo dados do MEC (Ministério da Educação), o número de matriculados no ensino integral, em que o estudante fica 7 horas na escola, foi de 3,1 milhões no ano passado. Em 2010, era 1,3 milhão. O censo foi divulgado na terça (25).
Dilma disse ainda que os alunos precisam aprender conteúdo escolar no segundo período: português, matemática, ciências e uma língua estrangeira. A presidente foi embora do evento sem falar com a imprensa.
O destaque do levantamento, no entanto, é o gargalo que existe no ensino médio -- as matrículas nessa etapa seguem estagnadas, apesar do aumento das matrículas nas creches (7,5%) e na pré-escola (2,2%) e da melhora de fluxo apontada pelo governo.
Ensino técnico
O ministro José Henrique Paim Fernandes (Educação), que fez parte da comitiva presidencial no evento, reforçou as metas do Pronatec. Segundo ele, o programa chegará a 8 milhões de beneficiados até o final de 2014. Atualmente o número está em 5 milhões.
"É um programa que veio pra ficar", afirmou Dilma. Segundo a presidente, o governo federal coloca R$ 14 bilhões na iniciativa. O Pronatec é um programa federal com o objetivo de ampliar a oferta de ensino técnico e tecnológico para jovens e trabalhadores com ensino médio.
Dilma também afirmou que a educação é uma área prioritária para o governo e que as creches terão um cuidado especial daqui para frente: "As oportunidades não podem ser diferentes. O neto da senhora [apontando para a platéia] e o meu têm que ter acesso aos mesmos estímulos".
Também estava presente na cerimônia o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que declarou a intenção de ceder o uso de um prédio municipal para o IFSP (Instituto Federal de São Paulo) na zona leste.
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