Professores municipais de São Paulo fazem passeata até a prefeitura
Os professores da rede municipal de São Paulo se reuniram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na tarde desta terça-feira (27), e seguiram em passeata até a prefeitura da cidade, no viaduto do Chá. Os manifestantes pretendem realizar uma assembleia no local para definir os rumos da greve, iniciada há mais de um mês.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a manifestação chegou a interditar totalmente a avenida Paulista no sentido Consolação. A PM (Polícia Militar) informou que mais de 1.000 pessoas participavam do protesto. No viaduto do Chá, eles se juntaram a um protesto de engenheiros e arquitetos da prefeitura.
De acordo com o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), uma assembleia para decidir o futuro da greve será realizada em frente à prefeitura, após reunião de representantes do sindicato com a Secretaria de Relações Governamentais.
A Secretaria Municipal de Educação afirmou que o sindicato sempre é atendido pelo governo e que as conversas foram iniciadas no dia 4 de abril, antes da data base da categoria, justamente para evitar que uma greve fosse iniciada.
Incorporação do abono ao salário
Os professores são contra a proposta da prefeitura de abono de 15,38% no piso salarial. Segundo o Sinpeem, os professores querem que essa porcentagem seja incorporada ao salário de todos os professores, inclusive os aposentados.
Entre as reivindicações dos docentes também estão melhores condições de trabalho, número adequado de alunos por professor, condições estruturais nas escolas, segurança no trabalho e professores auxiliares para alunos com deficiência.
Secretário diz que não dá pra atender demanda
O secretário de Educação de São Paulo, Cesar Callegari, disse na semana passada que não há como atender à principal exigência dos professores em greve: um novo aumento de 15,38% a todos os docentes (ativos e inativos). A prefeitura defende que esse reajuste seja feito, por meio de bônus, apenas para os que recebem o piso.
"O governo chegou ao seu limite de condições de valorização do magistério neste ano. A folha de pagamento deste mês já tem um reajuste de 13,43% para todos os professores, coordenadores, assistentes e o quadro de apoio. Isso significa um esforço de R$ 622 milhões no orçamento da prefeitura. Temos que respeitar a lei orçamentária e não temos de onde tirar mais", disse.
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