Professores da rede municipal de São Paulo decidem terminar greve
Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (3), acabar com a greve da categoria, que foi decretada no dia 23 de abril.
De acordo com o sindicato, a prefeitura se comprometeu a incorporar o abono de 15,38% para todos os professores, em três parcelas, até 2016. Também ficou definido que os docentes não terão os dias parados descontados na folha de pagamento. Já as reposições de aula serão elaboradas por cada instituição de ensino.
O presidente do Sinpeem (sindicato da categoria), Claudio Fonseca, afirmou que houve dificuldades para o governo reconhecer a legitimidade das reivindicações e atendê-las. "Mas, no final, podemos dizer que o processo negocial terminou com a resposta de alguns itens importantes, como a incorporação dos percentuais que foram anunciados pelo governo, resultando em ajuste de 5,54% em maio de 2015, e outros [quase] 10% em 2016, somando as duas parcelas", disse Fonseca.
Segundo o sindicalista, o acordo não ficou só no aumento do piso: há cláusulas sobre a aplicação de reajustes salariais futuros para os que já estão aposentados e para os que vierem a se aposentar, sobre os 15 minutos de intervalo para as profissionais das CEIs, a garantia de valorização dos títulos dos professores decorrentes de cursos de formação e também a garantia de um prêmio por desempenho educacional agora no mês de junho.
Foi deliberado em assembleia que se o governo deixar de cumprir qualquer uma das cláusulas do protocolo os professores voltam à greve imediatamente.
Com o reajuste, o piso salarial dos professores com jornada semanal de 40 horas/aula, com nível superior, vai para R$ 3.000 - o valor era de aproximadamente R$ 2.600.
Em nota, a prefeitura informou que vai encaminhar na quarta-feira (4) à Câmara Municipal um projeto que prevê aumento de 15,38% sobre os vencimentos dos profissionais de educação, ativos e aposentados, da seguinte forma: 5,54% em 1º de maio de 2015, 3,74% em 1º de maio de 2016 e 5,39% em 1º de novembro de 2016.
Professores acampados
Cerca de 30 professores da rede municipal enfrentaram a noite mais fria do ano em barracas no centro de São Paulo. A categoria pressionava a administração municipal com o acampamento em frente à prefeitura desde a última sexta (30).
O acampamento começou como uma organização autônoma de alguns professores e passou a ser apoiado pela categoria. A organização providenciou cinco banheiros químicos e, para tomar banho, os manifestantes voltam para casa.
Os docentes se revezam no acampamento -- quando a reportagem esteve lá na manhã desta terça (3), havia cerca de 50 manifestantes. Nos períodos da tarde e da noite, organizam saraus e apresentações musicais.
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