"Conhecimento destrói mitos": os cartazes de hoje contra cortes na educação
Desde a manhã de hoje manifestantes dos 26 estados e do Distrito Federal protestam contra os bloqueios de verbas para as universidades federais do país. Em São Paulo e em algumas capitais do Nordeste, os atos tiveram início entre 5h e 7h da manhã. Por volta das 13h, todas as unidades federativas registravam protestos.
Entre críticas à gestão do presidente Bolsonaro e ironias com a analogia de Weintraub entre cortes na educação e chocolatinhos, manifestantes foram criativos e ácidos na elaboração dos cartazes que ocuparam as ruas.
"Balbúrdia é fazer arminha com a mão"
Em uma das fotos que mais circulou na internet hoje, alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estenderam um cartaz com referências que vão do assassinato do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo por parte do Exército, até o emprego de milicianos no gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL), filho mais velho do presidente.
No cartaz, os estudantes ironizaram o termo "balbúrdia", empregado pelo ministro Weintraub para se referir a atividades nas universidades federais.
"No começo de todo filme de desastre têm cientistas sendo ignorados"
A capital paraense registrou muitos cartazes carregados de metáforas. Um deles exibe a frase: "No começo de todo filme de desastre têm cientistas sendo ignoradxs", fazendo menção a um clichê cinematográfico e ao impacto do bloqueio nas pesquisas acadêmicas.
"Tira a mão do meu futuro"
Em Viçosa (MG), uma fotografia capturou uma criança com uma camiseta de protesto. Mesmo com chuva intensa, as ruas da cidade foram ocupadas por manifestantes, muitos estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
"Conhecimento destrói mitos"
Em Araraquara, um manifestante foi sarcástico com a alcunha do presidente Bolsonaro em tempos de campanha - mito. A cidade, polo de estudantes no interior paulista, foi uma das que registrou manifestações de grande porte. O cartaz também foi visto em Fortaleza.
"Educação não é chocolatinho"
Em Belo Horizonte, uma das placas mais criativas ironizou a explicação sobre os cortes na educação que o ministro Abraham Weintraub tentou fazer na última semana. "Educação não é chocolatinho", diz o cartaz, que contém ainda algumas sátiras com nomes de bombons brasileiros, como o "Sonho de Bolsa". Segundo os organizadores, mais de 200 mil pessoas participaram dos atos na capital mineira.
"Balbúrdia é o teu governo"
"Balbúrdia é o teu governo", dizia um dos cartazes em Salvador. Segundo os organizadores, cerca de 25 mil pessoas participaram da manifestação na cidade. Os estudantes baianos foram os primeiros a protestar contra os bloqueios.
"Lute como uma cientista"
Em Brasília, uma mulher foi fotografada com um cartaz escrito "Lute como uma cientista" em frente ao prédio do ministério da Educação. Os cortes promovidos pelo governo Bolsonaro afetam, além de serviços básicos como água e luz, os investimentos das universidades federais em pesquisa.
"Somos idiotas úteis"
Em Manacapuru, cidade localizada na região metropolitana de Manaus (AM), utilizou um cartaz para ironizar uma declaração do presidente Jair Bolsonaro. Cumprindo agenda em Dallas, o Bolsonaro classificou os manifestantes como "idiotas úteis" e "massa de manobra". Segundo o presidente, os alunos que estão nas ruas hoje "não sabem nem a fórmula da água".
Outra referência à fala de Bolsonaro foi vista na Avenida Paulista, local onde os manifestantes de São Paulo se reuniram para protestar contra os cortes do MEC.
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