USP e Unicamp sobem em ranking mundial, mas Brasil fica fora do top 200
A USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) melhoraram suas classificações em um dos principais rankings universitários do mundo, o Times Higher Education, divulgado hoje. Mesmo assim, o Brasil não tem nenhuma universidade no top 200 — a maior parte das instituições, inclusive, fica abaixo do grupo das mil melhores.
Melhor colocada do país neste ranking há pelo menos nove anos, a USP subiu da posição 251-300, no ano passado, para a de 201-250 —a partir de 200, a colocação é feita em grupos. A Unicamp, que aparece em seguida, passou da faixa 501-600 para a de 401-500.
Outras 44 instituições brasileiras que aparecem na listagem, no entanto, estacionaram e mantiveram a mesma posição da edição anterior.
Além das melhoras na classificação da USP e da Unicamp, as únicas mudanças aconteceram pela entrada de seis instituições no ranking deste ano.
Das universidades estreantes, apenas a UFS (Universidade Federal de Sergipe) aparece no top 10 do Brasil. As outras cinco —UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), UFMA (Universidade Federal do Maranhão), UFPB (Universidade Federal da Paraíba), UFPI (Universidade Federal do Piauí) e UFU (Universidade Federal de Uberlândia)— entram na faixa das 1.001+.
Para este ranking da publicação britânica THE, foram avaliadas 1.527 universidades de 93 países e regiões de todo o mundo. Na edição passada, eram 1.396 instituições de 92 países. São utilizados critérios como ensino, pesquisa, citações, visão internacional e transferência de conhecimento para a indústria como indicadores de desempenho das universidades.
Brasil é o 6º país mais representado
Com 52 instituições na listagem, o Brasil é o 6º país mais representado, ficando à frente de países como Itália e Espanha. Os países europeus, por outro lado, emplacam classificações mais altas. Melhor instituição espanhola, a Universidade Pompeu Fabra aparece em 152º lugar. Já a universidade italiana mais bem colocada é a Universidade de Bolonha, que fica na 167ª posição.
Entre as universidades brasileiras que aparecem no ranking, 35 são federais, 11 são estaduais e 6, particulares.
Em julho deste ano, uma publicação específica do THE para a América Latina colocou a PUC-Chile (Pontifícia Universidade Católica do Chile) à frente da USP e da Unicamp. No ranking mundial, a instituição chilena aparece atrás das universidades paulistas, na faixa 501-600. Isso acontece porque as análises levam em consideração pesos diferentes para os mesmos critérios, de acordo com o que a publicação acredita ser mais relevante para a regionalidade.
Melhores do mundo
Os Estados Unidos dominam a lista das 10 melhores do mundo, mas ficam fora do topo. Assim como na edição passada, o ranking é liderado pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. Entre as oito instituições americanas que aparecem no top 10 estão a Universidade Stanford (2º), Universidade Harvard (3º) e o Instituto de Tecnologia da Califórnia (4º).
No que diz respeito às 200 melhores, a maior representação é dos Estados Unidos (59), seguido pelo Reino Unido (29) e Alemanha (21).
Pela primeira vez desde que o THE adotou sua metodologia atual para este ranking, em 2011, uma instituição asiática aparece no top 20. A Universidade Tsinghua, da China, fica no 20º posto desta edição do ranking.
"Temos observado a ascensão da Ásia neste ranking mundial há muitos anos, mas neste ano há um marco importante, com a Universidade Tsinghua quebrando a dominância tradicional das universidades ocidentais no topo do ranking, entrando no top 20 pela primeira vez, ao mesmo tempo em que a China dobra a sua representação no top 100", diz Phil Baty, editor responsável pela publicação, segundo o texto oficial de divulgação do ranking.
A China, que na edição anterior ocupava três postos no top 100 do ranking, agora ocupa seis. Além da Universidade Tsinghua, aparecem entre as 100 melhores a Universidade Peking (23º), a Universidade Fudan (70º), a Universidade de Ciência e Tecnologia da China (87º), a Universidade Zhejiang (94º) e a Universidade Shanghai Jiao Tong (100ª).
No total, 16 universidades asiáticas estão no top 100 do ranking -o maior número de instituições da região desde o início da listagem.
Nesta edição, o THE não disponibilizou um relatório de análise específica sobre o Brasil ou a América Latina.
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