"Cheguei a pensar em desistir", diz carioca de 39 anos no Enem pela 1ª vez
Roselaine Pereira da Cunha Barbosa, 39, decidiu fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pela primeira vez Imagem: Tatiana Campbell/UOL
Tatiana Campbell
Colaboração para o UOL, no Rio
17/01/2021 11h53Atualizada em 17/01/2021 12h41
Com grandes expectativas para a prova, mas com insegurança por causa da covid-19, Roselaine Pereira da Cunha Barbosa, 39, decidiu fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pela primeira vez. A carioca disse que sonha em fazer pedagogia e só agora se sentiu preparada para fazer a prova.
Apesar das normas de segurança estabelecidas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Roselaine disse que preferiria realizar o exame em um outro momento, já que teve dificuldades para estudar.
"Fazer o Enem é um sonho antigo, ter uma faculdade. Só agora eu tive a oportunidade de estudar, estar mais tranquila e tentar entrar na faculdade de pedagogia", conta ela.
"Mas foi difícil manter as aulas, porque foi tudo online, eu acredito que não deveria ter [o Enem], mas já que tem... Eu tive vários problemas com a internet, quando eu estava engajando em um conteúdo, a internet caía. Eu cheguei a pensar em desistir várias vezes por causa disso."
Apesar disso, ela se diz preparada: "Trouxe caneta preta, outra máscara, água, documentação necessária. São tantos anos querendo, então eu to feliz só de estar aqui, apesar dos obstáculos".
Primeiro a chegar na PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio) foi o estudante Antônio Gabriel Rodrigues Paes
Imagem: Tatiana Campbell/UOL
Aluno chegou 2 horas antes de abrirem os portões
Primeiro a chegar na PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio), o estudante Antônio Gabriel Rodrigues Paes, 18, disse que precisou, além das aulas online, estudar por conta própria.
"Eu cheguei eram 9h30 só para garantir. Não quero aparecer na internet como atrasado [risos]. Mas também tem um pouco de ansiedade, é meu primeiro Enem. Eu tive dificuldades para me preparar, as aulas por internet não foram muito bem explicativas então eu peguei, por minha conta, algumas apostilas e estudei por conta própria também, corri atrás do prejuízo."
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Um pequeno grupo de manifestantes realizou um protesto em frente a uma das entradas da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio), zona sul da cidade. Com um cartaz escrito "a gripezinha já matou + de 200 mil pessoas" decidiram se manifestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
Promotores de faculdades, como da própria Unip e de outras franquias, como a Anhanguera, abordam estudantes para cadastrá-los e apresentar ofertas no valor das matrículas no 1º dia do Enem impresso em SP
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Integrantes do Coletivo Juntos protestaram em frente a uma das entradas da PUC-Rio, na zona sul, reivindicando que os estudantes que não conseguiram comparecer no primeiro dia de prova do Enem, possam realizar o exame nos dias de reaplicação. Um dos manifestantes, Theo Louzada, 25, disse ao UOL que a ausência dos candidatos é na verdade "ausência do governo em respeitar a saúde dos estudantes"
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