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Vídeo: Ministro da Educação é vaiado em inauguração de campus no Ceará

Estudantes protestaram contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro - Reprodução: Facebook / Twitter
Estudantes protestaram contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro Imagem: Reprodução: Facebook / Twitter

Colaboração para o UOL

27/08/2021 15h58

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi recebido com vaias e protestos por um grupo de estudantes durante inauguração do novo campus da UFC (Universidade Federal do Ceará) hoje, na cidade de Itapajé, localizada no sertão do estado.

Imagens compartilhadas nas redes sociais pela UNE (União Nacional dos Estudantes) mostram um empurra-empurra entre os estudantes e agentes de segurança da própria instituição.

"Parem de agredir os estudantes. A gente está aqui para defender as universidades, as universidades que vocês trabalham", diz um manifestante com alto-falante. Veja o vídeo do momento:

Os estudantes também exibiram cartazes com críticas à atuação de Milton Ribeiro, além de repudiarem declarações recentes do ministro sobre alunos com deficiência. Segundo o titular da pasta da Educação, esses educandos "atrapalham" o ensino dos demais e, em alguns casos, é "impossível a convivência com eles".

Em entrevista ao programa "Direto ao Ponto", da Rádio Jovem Pan, Ribeiro afirmou que o governo não quer o "inclusivismo" das crianças com deficiências nas escolas.

"O que nós queremos? Nós não queremos o inclusivismo. Criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu continuo a usar. É claro que existe uma deficiência como a Síndrome de Down, que existem alguns graus, que a criança colocada ali no meio, socializa. Mas 12% não têm condições de conviver ali [na sala de aula]", afirmou.

O responsável pelo comando do Ministério da Educação negou que sua fala seja discriminatória, e ressaltar apenas estar "preocupado" com o aprendizado dos outros estudantes.

Durante o protesto de hoje no Ceará, os alunos da UFC disseram a Milton Ribeiro que "inconveniente é viver com o seu preconceito". Questionado pela imprensa sobre as críticas, o ministro preferiu não se manifestar.