Deputados da oposição pedem afastamento do presidente do Inep no TCU
Deputados da oposição pediram o afastamento cautelar do presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Danilo Dupas. Os políticos se reuniram com a presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministra Ana Arraes.
Os deputados também protocolaram um pedido de auditoria permanente de acompanhamento e gestão do órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação). Além disso, eles garantiram que vão acionar o MPT (Ministério Público do Trabalho) por conta das denúncias de assédio moral e institucional por parte de Dupas.
O líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que o objetivo das medidas é garantir a "integridade do exame, e a prevalência de critérios técnicos e não ideológicos". Em coletiva na tarde de hoje, ele afirmou que a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) começa a ter "a cara do governo" é uma "confissão de uma interferência indevida".
Já o líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), disse em uma publicação no Twitter que a saída do presidente do Inep é "fundamental" para a volta dos servidores técnicos e para que a prova seja "realizada com segurança".
Na semana passada, em depoimento na Comissão de Educação da Câmara, o presidente do Inep se limitou a dizer que o pedido de exoneração dos servidores aconteceu por uma "questão interna". Sem dar detalhes sobre o problema, ele afirmou que o cronograma do Exame deste ano "está mantido e não será afetado".
Além do afastamento de Dupas, os deputados querem a convocação do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, para esclarecer as denúncias de censura e interferência política no Enem. Para os parlamentares, o chefe da pasta também deve explicar a demissão em massa de mais de 30 servidores.
Os funcionários da pasta detalharam ontem, em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, quais foram as interferências exercidas sobre a prova do Enem. De acordo com os servidores, que não quiseram se identificar, o conteúdo das provas foi censurado, como já havia relatado o presidente da Assinep (Associação dos Servidores do Inep), Alexandre Retamal.
Para isso, o diretor de Avaliação de Educação Básica, Anderson Oliveira, teria pedido a remoção de mais de 20 questões da primeira versão elaborada para a prova deste ano. De acordo com eles, a maior parte das alterações foi aplicada em questões que envolviam contextos sociopolíticos ou socioeconômicos, em especial as que giram em torno da história dos últimos 50 anos do Brasil
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