'Não é corte, chama-se contingenciamento', diz Bolsonaro sobre Educação
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, negou que haja corte de verbas destinadas para a Educação no país, após o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões para as universidades e colégios federais. Segundo o chefe do Executivo, uma "pequena parcela" foi "adiada".
"Não é corte, chama-se contingenciamento. O que foi adiado é uma pequena parcela. O orçamento para Educação é quase R$ 1 bilhão, superou o do ano passado", afirmou em conversa com jornalistas hoje.
Dois dias antes do primeiro turno das eleições, o governo Bolsonaro fez novos cortes no orçamento das universidades e colégios federais. São, ao menos, R$ 2,4 bilhões que foram bloqueados e podem impactar oferta de bolsas para alunos pobres e atividades essenciais para o funcionamento das instituições —como limpeza e segurança.
O presidente ainda disse que o orçamento não é um decreto, mas uma forma de enviar "mensagem para o Parlamento e eles aperfeiçoam".
O MEC (Ministério da Educação) prevê para 2023 um orçamento com R$ 300 milhões a menos em relação ao dinheiro disponibilizado neste ano para os institutos federais. Reitores afirmam que os cortes de verba têm aumentado nos últimos seis anos. A previsão de orçamento desse setor para o próximo ano é de R$ 2,1 bilhões.
Na comparação com os últimos dez anos, o orçamento previsto para 2023 só não será menor do que o de 2021 —que ficou em R$ 2,08 bilhões com a correção pelo IPCA.
Ministro da Educação também minimizou o corte
O ministro da Educação, Victor Godoy, também negou que haja um corte nos institutos federais de educação e acusou reitores de universidades de estarem "fazendo política" com acusações.
Godoy alegou hoje que houve uma "limitação da movimentação" do dinheiro ao longo dos próximos meses e que é isso "normal".
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