5 regras e exemplos do uso da vírgula para se sair bem em redações
A pontuação é fundamental na gramática para uma boa compreensão da comunicação escrita ou lida. O uso da vírgula, em particular, é um dos casos que mais apresenta problemas para quem escreve. Mas ela é importantíssima para a clareza e coesão do texto, especialmente em redações acadêmicas e no mundo profissional.
Esse sinal é utilizado para indicar o deslocamento de termos em uma frase, criando pausas que modificam a entonação. Na fala, ele auxilia na expressão de afirmações, exclamações ou interrogações; já na escrita, representa graficamente o tom necessário para transmitir o sentido esperado.
A seguir, conheça regras de uso da vírgula para utilizá-la corretamente:
1. Não se usa em toda frase
A vírgula não deve ser usada para separar o sujeito do predicado ou o verbo de seus complementos, desde que a ordem da frase (sujeito, verbo e complementos) seja respeitada.
Exemplo: na frase "Pedro comprou pão na padaria", não há necessidade de vírgula.
Mesmo em frases mais longas, é importante evitar o uso da vírgula apenas para criar pausas, pois isso pode infringir as regras gramaticais.
2. É obrigatória em intercalações
Como já explicado, não se deve usar vírgula entre termos essenciais e complementares, especialmente quando em ordem direta. Mas, cheque se há uma intercalação entre esses termos. Nesse caso, a vírgula é necessária para isolar a expressão.
Exemplo: "Pedro comprou pão, que estava quentinho, na padaria." Aqui, a intercalação "que estava quentinho" é isolada por vírgulas.
3. Para explicar e corrigir
A vírgula é essencial para separar elementos explicativos e corretivos, como "ou seja", "isto é", "além disso", "a propósito", "digo". Exemplos:
- Explicativo:
"O azul é uma cor calmante, ou seja, transmite tranquilidade."
"Ela decidiu viajar, isto é, tirou férias para descansar."
- Corretivo:
"Ele comprou um carro novo, digo, um carro usado em ótimo estado."
"Vamos nos encontrar amanhã, a propósito, no mesmo horário de sempre."
4. Na presença de aposto
O aposto é um termo que explica ou especifica outro termo na oração, podendo ser explicativo, resumitivo, distributivo, comparativo ou enumerativo. Deve ser isolado por pontuação, mesmo no início da frase.
Exemplo: "Machado de Assis, um dos maiores escritores da literatura brasileira, nasceu no Rio de Janeiro. Autor de clássicos como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, ele é uma figura central na literatura do país".
5. Função sintática e conjunção
A vírgula separa elementos com a mesma função sintática, exceto quando unidos por conjunções.
Exemplo: O jardim estava cheio de flores coloridas, perfumadas, vibrantes, encantadoras.
Se as conjunções "e", "ou" e "nem" se repetem, usa-se vírgula para separar:
Nem o sol, nem a chuva, nem o vento conseguiram estragar o passeio.
*Com informações de Pesquisa Escolar, de UOL Educação
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