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MP apura desvio de R$ 13 mi da educação para parentes de prefeito no MA

Investigação do Ministério Público descobriu que R$ 13 milhões destinados à educação da cidade São Benedito do Rio Preto, no Maranhão, foram desviados para parentes do prefeito Wallas Rocha (Republicanos). Segundo reportagem do Fantástico deste domingo (3), parte do dinheiro foi para as contas de familiares de Rocha e da primeira-dama Brenda Gabrielle Nunes da Silva.

O que aconteceu

MP apura desvio de R$ 13 milhões para conta de parentes do prefeito de São Benedito do Rio Preto. Valor é referente ao repasse de R$ 91 milhões do governo federal realizado desde janeiro de 2023. O recurso faz parte do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que tem objetivo de financiar a educação básica no país.

Por lei, 70% do recurso do Fundeb deve ser destinado a pagamento de educadores. Os outros 30% devem ser usados exclusivamente com manutenção de escolas, compra de materiais didáticos, gastos com transporte escolar, entre outros.

Após denúncias de corrupção no período eleitoral da cidade, órgãos públicos iniciaram investigação. Documentos confirmam transferências do Fundeb para contas de 1.598 pessoas. No entanto, apenas profissionais da educação poderiam receber esse tipo de pagamento, que deve constar em folha de pagamento da prefeitura.

Denúncias de corrupção deram início à investigação em cidade do Maranhão
Denúncias de corrupção deram início à investigação em cidade do Maranhão Imagem: Reprodução/TV Globo

Investigação mostra que 11 parentes do prefeito e da primeira-dama receberam recursos do Fundeb ilegalmente. Só para eles, soma de valores chega a R$ 317.500 mil. Reportagem analisou extrato bancário de janeiro de 2023 a julho deste ano.

Primeira-dama recebeu R$ 58 mil. Três parentes do secretário de educação de São Benedito, o pastor Jairo Frazão, receberam R$ 126 mil. Para dez pessoas da família do vereador Irmão Valter (PSB), R$ 112 mil. Esquema também usava "laranjas" que emprestavam suas contas bancárias para receber ilegalmente o dinheiro.

Reportagem do Fantástico tentou contato com envolvidos, mas não teve retorno. O Tribunal de Contas do Estado, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Estadual investigam o caso.

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