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USP Leste: prédio com gás metano no subsolo será demolido

Em São Paulo

01/11/2013 09h50

Na USP Leste, o único dos 107 pontos de prospecção em que foi detectada a presença de gás metano, o prédio M3, conhecido como "Laranjinha", será demolido. Segundo a USP (Universidade de São Paulo), o ofício para desocupação do edifício e que informava a necessidade de demolição foi encaminhado nesta quinta-feira, 31, à EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades). No prédio, hoje funcionam o grêmio dos funcionários, o DCE (Diretório Central dos Estudantes) e atividades de extensão.

A assessoria da USP afirmou, em nota, que "o prédio foi construído para abrigar o antigo restaurante e a demolição já estava prevista desde a época em que o novo prédio do restaurante foi construído". A assessoria da USP Leste, no entanto, confirma que antes do mapeamento dos pontos de gás não havia informações sobre a necessidade de demolição do edifício.

A USP foi multada nesta quinta-feira pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) em R$ 96,8 mil, por não ter atendido às exigências técnicas feitas pelo órgão ambiental para a despoluição do terreno contaminado no campus da USP Leste.

Segundo a agência ambiental, o prazo proposto pela USP para a descontaminação total do solo foi dezembro de 2014. O ideal, segundo o órgão, é abril de 2014. A USP informou que a Procuradoria Geral da instituição cuidará do caso. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Protesto

Na quarta-feira (30), alunos e funcionários voltaram às atividades e encerram a greve que durou 50 dias. Eles pediam uma solução para o problema de contaminação do solo do campus da unidade.

O retorno às aulas foi acordado após uma reunião na última sexta-feira (25), que criou uma comissão permanente de acompanhamento ambiental composta por representantes das três categorias. A reposição de aulas ainda deve ser organizada, segundo a assessoria de imprensa da unidade.

Durante a greve, os estudantes chegaram a ocupar o prédio da diretoria da unidade no dia 3 de outubro. A reintegração de posse do prédio foi feita no dia 19 pela Tropa de Choque. Segundo o DCE (Diretório Central dos Estudantes), havia 35 alunos acampados no edifício, que foi cercado por pelo menos cem PMs antes das 6h da manhã.