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Nas escolas particulares, sindicato prevê reabertura de 85% em São Paulo

Boa parte das escolas particulares de São Paulo reabriu ontem para dar aulas regulares a estudantes do ensino médio  - Krisanapong Detraphiphat/Getty Images
Boa parte das escolas particulares de São Paulo reabriu ontem para dar aulas regulares a estudantes do ensino médio Imagem: Krisanapong Detraphiphat/Getty Images

Priscila Mengue e Júlia Marques

04/11/2020 07h42

Boa parte das escolas particulares da capital reabriu ontem para dar aulas regulares a estudantes do ensino médio - segundo o Sieeesp, sindicato que representa os estabelecimentos de ensino, 85% devem retomar as classes nas próximas semanas.

Para alguns estudantes, foi a primeira vez que tiveram contato com o colégio depois do decreto de quarentena. "Não via ninguém desde março", disse Luísa Simionato, de 18 anos, que voltou ao Colégio Rio Branco, em Higienópolis, ontem. "Vai ser bem diferente. Amigos de outros anos não vão estar aqui."

No Rio Branco, os alunos do ensino médio terão aulas presenciais três vezes por semana. Do total de 60, 27 foram inscritos para participar do ensino híbrido, enquanto os demais permanecerão no ensino remoto. O primeiro e o segundo ano terão uma aula presencial uma vez por semana.

Mãe de Anna Giulia, de 17 anos, a pedagoga Ivana Csapo Felippe, de 51 anos, está satisfeita com o retorno. "Minha filha precisava voltar. As perdas que teve nesse ano são imensuráveis, não só pedagógicas mas principalmente sociais."

No Colégio Porto Seguro, na zona sul, cerca de dois terços dos estudantes vão voltar às aulas presenciais, segundo estimativa do diretor do ensino médio, João Roberto de Souza Silva. "É bem diferente. E muito bom, ainda mais para a gente que vai se formar daqui um mês", conta Julia Figueiredo, de 17 anos, do 3.º ano. Na expectativa para o retorno, ela diz que acordou "super cedo" ontem. Além disso, veio equipada, com três máscaras, álcool em gel e capas para o computador e o teclado. Com a sala mais vazia, percebeu mudanças no clima.

"A sala fica mais calma. Parece que a aula fica mais efetiva, não com tanta conversa." No colégio, alunos do ensino médio não chegaram a fazer atividades extracurriculares antes da volta, a não ser aqueles que optaram pela versão presencial de um simulado semanas atrás.

Outro aluno prestes a se formar, Luiz Gustavo Reis, de 17 anos, diz ter sentido "alívio" de sair de casa, mesmo que o reencontro seja com adaptações. "Tem de ficar longe, de máscara, não pode tocar. Não é comparado a nada do que tinha antes."

Para Benjamin Ribeiro, presidente do Sieeesp, a adesão das famílias, calculada em menos de 20% no primeiro dia de retorno regular do ensino médio, também deve aumentar ao longo da semana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.