Temporada para se candidatar a vagas de trabalho temporário nos EUA começa em setembro
Quem pensa em trabalhar no exterior durante as férias escolares precisa ficar atento. O embarque costuma ocorrer no fim do ano e os empregadores estrangeiros começam a seleção de candidatos a partir de setembro em feiras de intercâmbio organizadas em várias cidades brasileiras.
A maior parte das vagas temporárias oferecidas são nos Estados Unidos e no setor de lazer e entretenimento, como estações de esqui, resorts, hotéis e parques de diversão.
O custo por pessoa pode variar de US$ 1.000 a US$ 2.500 (aproximadamente R$ 2 mil e R$ 5 mil) e inclui teste de inglês e entrevista, visto de trabalho e seguro-saúde, entre outros itens. À primeira vista, a sensação que se tem é do “paga-se para trabalhar”.
A boa notícia é que dá para recuperar o gasto integral ou parte dele com o emprego temporário – apesar da hospedagem ser descontada do salário.
“Se trabalhar certinho lá fora, sem faltar por qualquer motivo, dá sim para recuperar o ‘investimento’ inicial”, diz o estudante Guilherme Dacal Guimarães, 21, que trabalhou duas temporadas nos Estados Unidos. “Deu pra comprar bastante coisa, viajar, conhecer lugares novos. Foi bem legal.”
Isso sem mencionar as possibilidades agregadas, como melhora significativa da fluência em língua inglesa, “jogo de cintura” para situações novas e chance de fazer pequenas viagens para outros locais do país, mas dessa vez como turista.
Perfil
O perfil procurado são estudantes universitários, de ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 30 anos. O nível de inglês deve ser avançado pois o idioma será exigido no relacionamento com os colegas de trabalho e a chefia e no trato com o público.
Leva vantagem o candidato que é flexível, maduro, aberto a novas experiências e, principalmente, que não é “braço curto” no trabalho. Frequentemente, são os dedicados que ganham mais horas extras, o que faz com que o salário aumente no final.
Também é fundamental mostrar interesse no primeiro contato com os empregadores americanos, com um sorriso sincero, um bom aperto de mão e segurança nas respostas.
“Basicamente o candidato a emprego no exterior precisa demonstrar como se comportaria ao atender um cliente em um resort ou estação de esqui: com simpatia e atenção”, diz a diretora Marina Jendiroba, da agência de intercâmbio Intercultural, de Florianópolis, em Santa Catarina.
Se não estiver programada em sua cidade nenhuma feira de trabalho no exterior, a dica é entrar em contato com o maior número de agências de intercâmbio. Geralmente elas são procuradas por empregadores estrangeiros e intermedeiam o processo de contratação em feiras virtuais, mas estas são bem mais raras que as presenciais.
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