TEMA ATUAL - Novembro/2016 Filantropia: um exemplo a ser seguido?
Nos Estados Unidos, há muito tempo, milionários e bilionários costumam praticar a filantropia, doando parte significativa da sua fortuna para criar ou manter organizações com a finalidade de patrocinar obras sociais, ajudar os necessitados, promover as artes ou a pesquisa científica. Por exemplo, em 2010, dois magnatas norte-americanos, Bill Gates e Warren Buffett, criaram a Giving Pledge (Promessa de Doação), com o intuito de estimular ainda mais a filantropia em seu país. Como você verá ao ler o artigo que acompanha essa proposta de redação, o exemplo do exterior está engajando bilionários brasileiros a fazer o mesmo por aqui. Entre outras ações, o proprietário da maior construtora do país anunciou que pretende doar em vida 60% de seu patrimônio pessoal, orçado em quase quatro bilhões de reais. Como você avalia uma ação desse tipo? Ela é, de fato, uma forma de resolver nossos problemas sociais? Acha que é um exemplo a ser seguido? Acredita que uma cultura de filantropia e investimento social pode criar raízes e frutificar no Brasil? Pensa que os bilionários devem mesmo ter esse papel social? Redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista. Na conclusão, sugira áreas ou atividades em que você acha que seria melhor empregar esse tipo de recursos.
Filantropia como valor familiar
Em 2015, Elie Horn, dono da Cyrela, a maior construtora e incorporadora do país, decidiu doar 60% do seu patrimônio pessoal, estimado em US$ 1 bilhão (R$ 3,9 bilhões), para causas sociais.
Neste ano, ele e sua mulher Suzan ocuparam juntos o palco no painel "A Filantropia como Valor Familiar", quando fizeram dois novos anúncios de impacto: a criação no Brasil de um clube de bilionários filantropos nos moldes do fundado por Bill Gates e Warren Buffett nos Estados Unidos, o The Giving Pledge; e o apoio ao combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
No caso da versão verde-amarela do clube de filantropos, a entrada para o time dos grandes doadores nacionais começa com a garantia de que 20% do bens serão doados em vida. Para fazer parte do time original, encabeçado pelo dono da Microsoft, os integrantes se comprometem a doar pelo menos 50%.
Elie e Suzy foram além. "Queria doar 100%. No começo, minha mulher não gostou muito, mas depois aceitou 60%", explicou ele, no ano passado, e voltou a repetiu no Fórum 2016.
Suzy fez logo questão de esclarecer: "Eu só disse que 60% talvez seja muito, mas 50% tudo bem", emendou ela, provocando risos na plateia, que reservou muitos aplausos ao casal por encampar a causa de fomentar a cultura de doação no Brasil.
Para ser exemplo para outros bilionários brasileiros, Suzy e Elie relataram como foi o processo de decisão de abrir mão de cifras na casa dos bilhões de reais e a reação dos três herdeiros.
"Elie sempre se importou com filantropia, em fazer o bem. Acreditamos que quando se dá dinheiro o que estamos fazendo é restituir a justiça no mundo", declara Suzy. "Eu não escolhi nascer no Chile, ser mulher ou judia. Nosso livre-arbítrio é só um: fazer o bem ou fazer o mal."
Rede Social, Eliane Trindade, colunista da Folha de S. Paulo (editado).
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.
De preferência, dê um título à sua redação.
Envie seu texto até 25 de novembro de 2016.
Confira as redações avaliadas a partir de 1 de dezembro de 2016.
A redação deve ser enviada para o e-mail: bancoderedacoes@uol.com.br
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